Os grupos musicais paranaenses que têm contrato assinado com alguma gravadora compõem um time bastante restrito. Há alguns meses, o Corpo Delito passou a fazer parte desta elite. Este grupo de pop rock hoje faz parte do elenco da Gimmi’s Records International, uma gravadora italiana. O contrato garante a gravação dos dois primeiros CDs de sua carreira.
Vinda de Milão, a Gimmi’s Records International originou-se de uma casa noturma, a Gimmi's Club, que tinha a intenção de gravar o disco de uma banda que tocava muito por lá. Esta história se repete com freqüência entre os clubs europeus. Com uma filial montada em São Paulo, a Gimmi's estendeu sua área de atuação para o Brasil, pretendendo contratar um artista de cada estado.
Entre seus contratados estão o ex-RPM Fernando Deluqui (que lançou seu álbum solo "Vaca, Bordel e o que Interessa"), a cantora Paula Hunter (filha do diretor global Carlos Manga), Laura Finocchiaro (que compôs o hino oficial da parada gay de São Paulo em parceria com Glauco Mattoso e Roberto Firmino) e o grupo de funk paulista Funkacid.
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No Paraná, o Corpo Delito caiu nas graças da gravadora. Fazem pop rock, passando por demais estilos acessíveis às massas, como funk, ska e reggae, entre outros. Mesclam composições próprias e covers, em especial de artistas como Jota Quest, Capital Inicial, Skank, U2 e Led Zepellin. Casas noturnas como Moinho São Roque, Zimbabwe e El Rancho (tanto em Curitiba quanto a filial em Campinas, onde foram vistos por quase 2.000 pessoas) estão na rota de shows do grupo. O quinteto é formado por João Freitas (vocal), Gustavo "Pica-Pau" Proença (bateria), Rodrigo "Zaruba" Zaruvny (teclado), Ricardo Espíndola (guitarra) e Fabiano Reggiani (baixo).
O disco de estréia está em fase de preparação. O grupo prepara o repertório, testando a receptividade de suas músicas através dos shows. A gravadora também dará seus palpites neste tópico. "Gravamos um CD demo para os executivos da Gimmi's analisarem nosso material", comenta Daniela Licht, acessora de imprensa. "As gravações oficiais acontecem em janeiro. Estamos com a previsão de que o CD saia no primeiro semestre de 2001", complementa.
Além das composições próprias, o grupo pretende incluir algumas covers de sucessos conhecidos. "É interessante para a gravadora que um artista novo regrave um sucesso dos anos 70 e 80", argumenta Rodrigo Schwartz, empresário da banda. Normalmente, esta opção acarreta em um processo burocrático, uma vez que é necessário negociar direitos autorais com os autores. "Quem corre atrás da autorização de uso é a gravadora. A banda tem apenas o trabalho de gravar as novas interpretações. Por enquanto, só regravamos "Panis Et Circensis" dos Mutantes. Estamos pensando em fazer o mesmo com Goo Goo Dolls, Fito Paez ou algum pop romântico dos anos 80, mas ainda não definimos as demais covers", finaliza Schwartz.