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Festivais de música, do jazz ao punk, despontam por todo o Brasil

Rodrigo Juste Duarte
26 out 2001 às 17:28

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No último feriado (12 de outubro, vale lembrar), duas capitais brasileiras foram sedes de festivais musicais que valorizam o trabalho das bandas alternativas independentes. Enquanto em Curitiba a galera se embebedava e pogava no primeiro Punktober Fest, no meio do cerrado de Goiânia a sétima edição do Goiânia Noise Fest lotava o Centro Cultural Martim Cererê.

O Punktober Fest (nome muito bem sacado) teve organização do selo curitibano Barulho Records. Contou com 34 bandas de punk rock e estilos afins. Seguindo os moldes da Oktoberfest, foi distribuído chopp de graça para quem chegasse cedo. Até uma caneca especial do evento foi providenciada. Quem comprou a sua, adquiriu um curioso souvenir. As poucas bandas de fora do estado fizeram bonito, tais como White Frogs (de Santos), Sorry Figure e Noção de Nada (ambas do Rio de Janeiro), que inflamaram a platéia.

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As curitibanas não fizeram por menos. Pelebrói Não Sei manteve seu ritmo de boas apresentações, Anões de Jardim saiu do recesso de três anos trazendo repertório totalmente novo e Havana mostrou-se uma boa revelação do punk rock feminino, só para citar alguns exemplos. O show d'Os Catalépticos, uma das melhores bandas ao vivo da cidade, foi atípico. Lesada pelo equipamento ruim, acabaram tocando num volume baixíssimo. Foi muito estranho. No ano que vem tem mais.

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O Sétimo Goiânia Noise Fest não restringe os estilos musicais de seu elenco e traz artistas das mais variadas vertentes. Neste ano, passou pelo festival do hardcore mais sujo e agressivo dos Ratos de Porão até a calmaria zen dos The Darma Lovers. Pensando nesta variação, o selo Monstro Discos (organizadores da festa) dividiram as apresentações em dois espaços: o Teatro Noise, para quem quisesse ouvir música calma, e o Palco Noise, onde o agito rock'n'roll comia solto. Uma inteligente idéia. Entre os maiores destaques estão Nebula (dos Estados Unidos), Video Hits, Ambervisions e Sonic Jr. O Paraná estava representado com Grenade (de Londrina) e Tamborines (de Maringá). Os curitibanos que atendem por Malditos Ácaros do Microcosmos deviam ter tocado também, mas tiveram problemas com a data da viagem.

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Parece ser uma tendência do final do ano: vários festivais despontam pelo Brasil. Confira abaixo outros que estão programados:



Free Jazz Festival
Há tempos os organizadores deste renomado festival não levam tão ao pé da letra a palavra "jazz" e assim têm variado sua seleção de artistas, incluindo nomes emergentes do rock e da música eletrônica. Nunca o rock teve tantos violinos num único lugar quanto na edição deste ano, que apostou no post-rock, que é uma espécie de vertente mais jazzística e erudita da música alternativa. O post-rock valoriza os arranjos sofisticados e utiliza instrumentos pouco convecionais na música pop e rock, como violinos, flautas, acordeons.

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A grande atração é o nome máximo do estilo: o septeto escocês Belle and Sebastian, responsável por trazer de volta à música pop algo que estava em baixa: o sentimentalismo literário. Suas canções doces e delicadas têm conquistado o coração de uma legião de fãs no mundo mundo todo, elevando o grupo ao posto de banda "cult". Na mesma noite, estará no palco também os islandeses viajandões e chororôs do Sigur Rós. O quarteto trará ao palco um trio de garotas para acompanhá-los com dois violinos e um violoncelo. Melodias atmosféricas recriam o clima gelado de seu país. No repertório, incorporaram a canção de ninar islandesa e um tema funerário.


O nome mais rock da noite será o Grandaddy, porém, cogita-se que eles não rendem muito ao vivo. Independente disto, os ingressos estão esgotados para as apresentações no Rio de Janeiro e em São Paulo, que ocorrem de 25 a 28 de outubro. Aliás, a maior parte dos ingressos para todas as noites do evento já foram vendidos. Dos demais shows internacionais, há mais nomes pop bastante aguardados como Fatboy Slim, Richard D. James e Rony Size Reprazent na praia dos eletrônicos.

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A cantora inglesa Macy Gray e o grupo Temptations tocam juntos na mesma noite. O jazz (propriamente dito), está bem representado com Bill Henderson, The Benny Golson Sextet, Art Van Damme e Phil Woods. Os cubanos do Orishas devem sair consagrados como a revelação do Free Jazz deste ano. Entre os nacionais, quem deverá fazer bonito no palco são Cordel do Fogo Encantado, Curupyra e Funk Como Le Gusta. Além, é claro, de Yamandu Costa, um violonista gaúcho de 21 anos que já é considerado um dos maiores instrumentistas de sua época.


>>>> clique aqui para ver a programação completa do Free Jazz 2001

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Upload
Embora a capital paulista seja (junto com o Rio de Janeiro) o grande centro para os artistas mostrarem as caras no cenário brasileiro, ela ainda carece de um festival para a música alternativa. Até capitais mais "tranqüilas" possuem seus festivais, com várias edições realizadas. Como exemplos estão Recife (Abril Pro Rock, há 9 anos), Goiânia (Goiânia Noise Fest, há 6 anos) e Vitória (Dia D, há 4 anos). Partindo desta observação, os jornalistas Fabiana Batistela e Luciano Vianna idealizaram o Upload. Este festival tem a intenção de colocar São Paulo no mapa dos festivais de música mais importantes do País, mostrando novos artistas e tendências da música brasileira para o público e a mídia da grande metrópole.


Esta primeira edição do Upload, que ocorre nos dias 09, 10 e 11 de novembro no Sesc Pompéia, traz desde ilustres desconhecidos, até nomes já bastante falados. Entre os novatos, estão Som Tomé, Wonkavision e Hang The Superstars. No time dos alternativos que são cultuados em seu meio, podemos citar Pelvs, Garage Fuzz, e Grenade (única representante paranaense). Há também bandas alternativas que estão em grandes gravadoras, mantendo intacto seu espírito alternativo, como Bidê Ou Balde, Autoramas e Video Hits (a participação de Los Hermanos ainda está sendo negociada). O festival também marcará o retorno de uma antiga banda gaúcha, a Graforréia Xilarmônica.

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Além dos shows, haverá exposições de fotografias e ilustrações, barraquinhas para vendas de produtos de selos independentes (como camisetas, CDs, fitas demo e fanzines) e um telão que exibirá os melhores videoclipes já produzidos por (e para) bandas independentes.O termo "Upload" é bastante utilizado na Internet para denominar o ato de colocar arquivos na rede ou atualizar uma página. O projeto do festival faz uma analogia com esta ação, uma vez que estará lançando novos artistas no mercado pop-rock - além de trazer nomes já consagrados. A referência ao universo virtual acaba soando natural, já que os organizadores possuem sites em que realizam trabalhos na cena independente: UIA (de Fabiana Batistela) e London Burning (de Luciano Vianna).


>>>> Confira aqui a programação do Upload

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Yeah! Fest
Na região Centro-Oestre, que até o momento apresenta as cidades de Brasília e Goiânia mais ativas musicalmente, um novo festival desponta. Batizado de Yeah! Fest, ele acontece nos dias 23 e 24 de novembro na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso. Contará apenas com bandas pequenas, boa parte locais. De outras cidades, algumas das escaladas são Autoramas (RJ), Mechanics (GO) e Irmãos Rocha (RS). Como trunfo maior, os organizadores trazem do Japão a barulhenta Guitar Wolf, conhecida como os Ramones do Oriente. Seu último CD, "Jet Generation" foi lançado no Brasil pela gravadora Trama. Mais informações pelo telefone: (67) 325-5337, com Jean.



II Festival SP Punk
Os punks de carteirinha (aqueles com visual devidamente sujo, roupas pixadas e cabelos espetados) têm dia de festa marcado. Nos dias 26 e 27 de outubro, acontece a segunda edição do Festival SP Punk, na Vila dos Remédios. Na programação, majoritariamente paulista, há alguns nomes vindos de outras áreas, como Orcs (PR), Matalanamão (PE) e Lixo Social (MG). Até uma banda estrangeira vai marcar presença, os Argies, da Argentina. O preço da entrada é uma moleza: R$ 5 - ou R$ 4 para quem comprar ingresso antecipado.


>>>> Confira a programação do II Festival SP Punk



A um passo do fim do mundo
Também na linha punk, está sendo anunciado para os dias 24 e 25 de novembro o festival A Um Passo do Fim do Mundo, que desde já se anuncia como o maior festival punk da América Latina. O nome faz referência ao histórico festival "O Início do Fim do Mundo", do início dos anos 80 - talvez o maior evento punk já realializado no Brasil. Conta com 54 bandas, que se revesam em dois palcos: enquanto rola show em um palco, o segundo está sendo preparado para uma nova banda tocar, mantendo ininterrupta a música ao vivo. O palco 1 fica reservado para bandas veteranas (como Cólera, Hino Mortal e Olho Seco), enquanto o palco 2 fica dominado pelas bandas punks atuais (Blind Pigs, Holly Tree, Forgotten Boys, entre outros). Os shows iniciam às 14h30 pontualmente. A última banda sobe ao palco às 21h30, para que a barulheira termine às 22h. A rigidez no horário é exigência do local, pois o Tendal da Lapa, onde a maratona punk será realizada, é um espaço público. A organização está por conta do escritor Antonio Bivar e do músico Ariel. Haverá ainda exposição de fotos, mostra de fanzines, palestras e demais atividades relacionadas.

>>>> Confira a programação completa de "A um passo do fim do mundo"


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