O grupo pernambucano Mombojó, considerado por muitos como os herdeiros da geração manguebeat, voltam hoje à capital paranaense para apresentar o show do disco mais recente, ''Homem-Espuma'', lançado no ano passado. A apresentação está marcada para as 22 horas, no palco do bar Era Só o Que Faltava.
Criada em 2001, o Mombojó nasceu para levar adiante o movimento manguebeat, que agitou e levou a cena pernambucana para o resto do Brasil nos anos 90 com expoentes como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. ''Nós somos a continuação da história de Recife, somos mais uma dessas bandas que seguiram o caminho do manguebeat'', admite o vocalista Felipe S.
Após o lançamento do primeiro disco em 2004, ''Nadadenovo'', gravado com verba da Lei de Incentivo à Cultura, o grupo chamou a atenção pela pluralidade de instrumentos - baixo, bateria, guitarra, baixo, violão, teclado, cavaco, flauta, escaleta, entre outros - e levou a mistura de rock, jazz, surf music e outros gêneros ao festival Abril Pro Rock, onde foi muito elogiado.
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Em seguida, surgiu o convite para tocar no finado Curitiba Pop Festival, em 2004. Estar novamente na capital paranaense, aliás, tem um gostinho diferente para a banda, que foi bem acolhida desde a primeira apresentação, tanto é que o grupo voltou outras quatro vezes. ''Foi o primeiro festival que a gente fez fora de Recife e a experiência foi legal. Na época a gente ainda era desconhecido. O público gostou e a gente voltou mais vezes'', afirma Felipe.
O caminho feito pelo Mombojó até chegar a um estúdio maior, o Trama Virtual, que bancou o segundo álbum, ''Homem-Espuma'', lançado no ano passado, parece ser o mais curto e almejado pelas bandas iniciantes no cenário independente. Isso porque gravar um CD com Lei de Incentivo à Cultura e veicular quase todo o trabalho praticamente somente pela internet é financeiramente mais viável para qualquer grupo.
Com a gravação do segundo disco em um grande estúdio, Felipe conta que o som da banda ficou mais rico. ''A gente acaba tendo novas idéias, faz mais experimentações, com mais instrumentos. É uma boa experiência sentar em um estúdio grande. E também você acaba conhecendo o trabalho de outras bandas, de gente como o Teatro Mágico e o Móveis Coloniais de Acaju'', destaca.
O flautista e trombonista Rafael, mais conhecido como ''O Rafa'', morreu no último dia 6 de julho, aos 24 anos, devido a um enfarto. Por conta disso, a formação mudou um pouco a estrutura musical com Felipe S. (vocal), Marcelo Machado (guitarra), Chiquinho Moreira (teclado e sampler), Samuel Vieira Dée (baixo), Vicente Machado (bateria) e Marcelo Campello (que deixa o cavaquinho e a escaleta para tocar guitarra e trompete).
''O som está um pouco diferente com a formação nova, acho que tocamos mais instrumentos'', comparou Felipe, o show de hoje com relação à última vez em Curitiba.
Serviço:
Mombojó (PE)
Data: 22 de novembro, quinta-feira
Horário: 22 horas
Local: Era Só o Que Faltava
Endereço: Av.República Argentina, 1334 - Água Verde (Curitiba - PR)
Ingressos: Os 100 primeiros ingressos custam R$ 20; Após será outro valor
Telefone par ainformações: (41) 3342-0826