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Mais de 150 mil assistiram ao show do Capital Inicial

Murilo Gatti
15 abr 2002 às 17:28

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Não que todos foram a feira para ver a apresentação, mas muita gente voltou frustada para casa porque não conseguiu ver os ídolos nem de longe. Segundo a assessoria de imprensa da Expo 2002, o recinto de shows e rodeios João Milanez tem capacidade para abrigar perto de 40 mil pessoas. Um espaço que ficou totalmente lotado, mal dava para andar, quanto mais querer escolher um bom lugar para assistir o show.

A sensação de superlotação começou do lado de fora, mais de 1h e 30 minutos apenas para estacionar o carro. Filas por todos os lados. Comprar ingresso parecia tarefa impossível. Alegria para os cambistas. Ganhavam R$ 30 a cada dez convites vendidos. Chegando ao local da apresentação, percebi muitas pessoas deixando o recinto de shows. Desistiram de ver o Capital Inicial.

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Com a sorte ao lado, cheguei ao local do show ao mesmo tempo que a banda entrou no palco. Começava a tocar a música "Passageiro" - perfeita para a ocasião. Ainda precisava cruzar toda a arquibancada por trás das pessoas que se aglomeravam em busca de uma brecha para ver a banda, e chegar até a única escada que não estava totalmente tomada. Entre licenças e empurrões começo a descer. Apenas uma cerca me separava da arena.

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Dez metros da banda, começa a tocar a música "Mundo". Dinho Ouro conversa muito com o público e aparentava ter a certeza do que estava fazendo. "Hoje teremos uma longa noite de rock’n’roll. Vocês vão suar muito a camisa. Essa é do começo da carreira, se chama ‘Independência’", apresentou. Parecia que todos estavam procurando por independência. Não se via ninguém parado.

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O vocalista do Capital Inicial parecia não acreditar no que via. "Emocionante. Vocês tinham que subir aqui para ter a sensação. Vamos tocar agora uma balada das antigas: ‘Cai a Noite’", diz. Com palmas o público também participa do show. A apresentação segue com os grandes sucessos e algumas homenagens. A música "Fogo" foi oferecida para as mulheres e deixou no ar a dúvida do cantor. "Por mais que a gente tente entender, elas parecem querer nos torturar", revelou.


Dinho lembrou os Ramones, a banda Aborto Elétrico, Renato Russo, Kiko Zambianchi, Zélia Duncan e Cássia Eller. "Nos últimos shows começou a rolar uma homenagem expontânea a um grande artista de Brasília, a nossa terra. Eu estou falando de Cássia Eller", disse o vocalista do Capital quando começou a cantar a música "Por Enquanto".

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"A letra desta música talvez fale de Deus", com a frase o Capital Inicial começou a tocar a música "Fátima", escrita por Renato Russo, que também foi homenageado quando o grupo tocou "Eu vou estar". "Tanto tempo trancado nos estúdios produzindo. Quando eu vejo todo este público lembro do Renato e me dá impressão que não foi tempo perdido", disse Dinho.


O vocalista tentou fazer uma pequena pesquisa para saber quem no público também tinha uma banda. Não deu muito certo, praticamente todo mundo levantou as mãos. "Quando gravamos a primeira demo, as rádios tocavam os sons novos. Hoje eu sei que é muito mais difícil, mas acreditem no rock brasileiro, valorizem as bandas locais", pediu Dinho antes de começar a canção "Leve Desespero".


O lado mais político do grupo também entrou em cena. "Em Brasília as cores são preto, branco, cinza e vermelho. Já aqui no Paraná as cores são outras, mas é mais ou menos a mesma coisa. ‘Veraneio Vascaína’", protestou. Já no fim do show, os políticos do país foram lembrados. " ‘Que País é Este?’, em especial para Roseana Sarney", frisou.

"Se vocês parassem para escolher entre sexo, drogas e rock’n’roll. O que escolheriam? Sexo? Acredito que alguns discos são melhores que sexo. Esta música conta a história de uma menina de 17 anos", disse Dinho. Com "Natasha" e o delírio geral da platéia, o Capital Inicial encerrou a apresentação. O bis teve que ficar de lado, sair do show antes do fim foi a única solução para não ficar preso no meio de tanta gente.


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