Começa nesta quinta-feira a participação dos paranaenses na Mostra Competitiva do Festival de Dança de Joinville. Os primeiros a concorrer são o londrinense Grupo Porão Teatro Bafo Babado, com a coreografia ''Será que é verdade?'', e o Soma 3 Grupo de Dança, de Curitiba, com a coreografia Sharbat, ambos no gênero dança contemporânea, duo, categoria avançada. Também se apresenta hoje o Sky Cia. de Dança, de Curitiba, com a coreografia Up!, na dança de rua, conjunto, sênior.
Na quarta-feira que vem será a vez da curitibana Ana Roberta Teixeira apresentar Natural, no balé clássico, solo feminino, sênior. E no dia 27, o Grupo Folclórico Polonês do Paraná Wisla, que tem sede na Capital, concorre no gênero danças populares, conjunto, categoria avançada, com a coreografia Beskid.
A Sky Cia. de Dança tem três anos e participa pela primeira vez de uma competição fora de Curitiba. ''Pelo fato de Joinville ser a capital da dança a expectativa é grande. Quando viram que o grupo estava classificado as bailarinas me ligaram chorando e dizendo: passamos!'', conta o coreógrafo Dino Kamizono. No ano passado, Kamizono participou da Mostra Competitiva no gênero street, categoria avançada, com o grupo Lótus. ''Achavámos que a Lótus ia passar de novo este ano e para a minha surpresa a Sky passou. É único do Paraná no street, isso é um incentivo a mais para dançarem bem'', avalia. O grupo é formado por bailarinas com idade entre 14 e 16 anos.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
Instrutora técnica e integrante do Wisla, Christine Fabian diz que este ano o grupo quer trazer o título de primeiro colocado. O Wisla participou três vezes da Mostra Competitiva e em duas delas conquistou o segundo lugar. Depois de alguns anos sem participar, o Wisla foi convidado a se inscrever novamente nesta edição. Para fazer bonito, os 16 integrantes intensificaram os ensaios e capricharam no figurino. Além disso, a torcida vai junto. ''Os que não estiverem dançando vão estar assistindo'', conta Christine.
Este ano, a organização contabilizou 1.378 coreografias inscritas, das quais foram selecionadas 238. ''O que vem para o palco de Joinville já é vencedor. Há um filtro muito grande já no primeiro momento'', afirma Silvia Soter, membro do Conselho Artístico do Festival. Silvia ressalta que o objetivo é a formação e não o caráter competitivo. ''Não nos interessa que os grupos saiam daqui com uma nota ou um troféu, mas que eles possam trabalhar pela qualidade nas suas cidades'', explica a conselheira.
Coreógrafo do Soma 3, Airton Rodrigues, diz que ele e as bailarinas estão felizes por poderem concorrer com grupos de alto nível técnico. ''A gente nunca participou, tem aquela expectativa de dançar no palco grande, coisa de quem nunca dançou em Joinville'', conta.
Ana Paula Camargo, de 20 anos, é aluna da Escola de Dança do Teatro Guaíra. E Patricia Machado, de 23, dançou em companhias da Europa e acaba de voltar ao Brasil. ''A idéia foi juntar nossas experiências num só grupo'', explica Rodrigues.
Outra que traz a vivência em palcos do exterior é Ana Roberta Teixeira, de 15, também aluna da Escola de Dança do Teatro Guaíra e bailarina do Otto Studio Art. Ela está nos Estados Unidos participando do curso de verão do Harid Conservatory, em Boca Raton, na Florida, e estará de volta ao Brasil amanhã. A bailarina ganhou uma bolsa parcial para o curso do Harid em abril deste ano, quando participou do Youth America Grand Prix, em Nova York. Agora Ana Roberta concorre a outra bolsa de estudos, desta vez para o curso anual do conservatório.
Em Joinville, a bailarina já havia participado do festival Meia Ponta (reservado aos bailarinos com idade entre 10 e 12 anos e que faz parte da programação do Festival de Dança) representando o Grupo Juvenil do Guaíra. É a primeira vez que ela participa da mostra.
De acordo com a professora e coreógrafa Patricia Otto, mais do que por uma possível premiação, a participação em Joinvillle vale pela experiência. ''Para os bailarinos representa conhecimento, porque é bem profissional. No Brasil as coisas são tão bem feitas quanto lá fora, só que com menos incentivo'', avalia Patricia, que também é professora da Escola do Teatro Guaíra.
O festival começou no último dia 18 e segue até o dia 28 de julho. (A repórter viajou a convite do festival)