A escuridão total nem sempre é o fim. Para a banda Tribo de Jah foi apenas o começo de uma carreira que já se estende por 15 anos. Um percurso que se iniciou na Escola de Cegos do Maranhão, onde se conheceram os quatro músicos cegos Frazão (teclados), Aquiles Rabelo (baixo), João Rodrigues (bateria) e Neto (guitarra), além de José Orlando (voz e percussão), com visão parcial. Pouco tempo depois, o paulista Fauzi Beydoun (voz e violão) se juntou ao grupo e fechou a formação da Tribo.
No Cabaret do Filo, o show foi marcado pela alegria e pela qualidade musical apresentada. A batida do reggae tomou conta do Centro de Eventos Maracajú e colocou tomo mundo para dançar. A apresentação foi no dia 24 de maio, nove dias depois do grupo ter recebido o prêmio Ibest, que elegeu sua homepage como o melhor site regional do estado do Maranhão. Não é à toa que a capital do estado, São Luiz, é considerada a Jamaica brasileira.
Tocando pela segunda vez em Londrina, a Tribo de Jah estava feliz por voltar à cidade. Há alguns anos, o show do grupo passou desapercebido, mas desta vez, com suas músicas mais conhecidas pelo público, a platéia pode acompanhar a banda em várias canções. A apresentação foi marcada por composições de toda a carreira da Tribo, muitas delas presentes no CD "Essencial", lançado neste ano para comemorar o aniversário de 15 anos de formação do grupo.
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A falta de visão pode atrapalhar um pouco a presença de palco da Tribo de Jah, principalmente para quem gosta ou está acostumado a ver os músicos correndo como loucos de um lado para outro do palco. Mas a qualidade musical se supera com os movimentos das mãos e um afinação perfeita no conjunto.
Destaque para os belos solos de guitarra, e também para a grande harmonia entre a bateria, o baixo e o teclado. O grupo, que conquista cada vez mais o seu espaço no cenário nacional e internacional, faz jus ao nome de seu primeiro CD, que teve produção independente. A Tribo de Jah é realmente formada por "Regueiros Guerreiros".