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'Último show'

Murilo Gatti
03 mai 2002 às 17:28

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A opção de gravar ao vivo em Londrina teve duas razões. "É legal e barato. Como temos conseguido uma qualidade de gravação razoável, aproveitamos", conta o baterista Mateus Potumati. No CD "Último Show", que conta com sete músicas, apenas a faixa de abertura foi gravada em estúdio. Trata-se da composição "O Espelho". A gravação foi feita em 2001 e faz parte da coletânea "Pra Fora da Garagem", que reúne músicas dez artistas londrinenses.

A última música do disco também é "O Espelho", mas em versão ao vivo, e sem perder a qualidade e a harmonia. Desta vez o rock balada ganha a dedicatória do baterista Mateus. "Esta música eu ofereço para minha namorada, Fernanda. Para quem quiser prestar atenção serve como uma declaração", revela.

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Além do amor, os Espíritos Zombeteiros também falam de outros assuntos comuns na vida de quatro estudantes universitários de classe média. "Sexo, drogas, sacanagem, piadas internas, xingamentos, decepções, alegrias, desespero e até um pouco de protesto também, mas tentamos ser bem humorados para não cair na panfletagem", diz Mateus.

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As baladas são apenas uma ponta do som do grupo. A segunda faixa do CD, "O Parasita", traz uma batida bem mais pesada e se destaca com um belo arranjo de baixo e guitarra. No geral, as músicas variam em torno do metal dos setenta e do groove, e contam com uma mistura de surf music, funk metal, psicodelia, grunge e power pop, dependendo da faixa.


A terceira música do disco é "Irmãos, Chadornay", onde se percebe uma grande influência do rock psicodélico. O ritmo se acelera um pouco mais na faixa quatro, "Pra mim e pra você também". A música alterna momentos de peso com passagens mais lentas, numa batida mais próxima da surf music.

O amor volta a ser a temática da disco na música cinco, "Saída 12". Desta vez, o sentimento não é lembrado com um rock balada, mas com um som instrumental muito mais pesado. "O Ouriço", faixa seis, traz um grunge misturado com funk metal e de certa forma também com uma pequena dose de ska. No conjunto, os Espíritos Zombeteiros conseguem unir a diversidade e a qualidade num som limpo e original.


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