A opção de gravar ao vivo em Londrina teve duas razões. "É legal e barato. Como temos conseguido uma qualidade de gravação razoável, aproveitamos", conta o baterista Mateus Potumati. No CD "Último Show", que conta com sete músicas, apenas a faixa de abertura foi gravada em estúdio. Trata-se da composição "O Espelho". A gravação foi feita em 2001 e faz parte da coletânea "Pra Fora da Garagem", que reúne músicas dez artistas londrinenses.
A última música do disco também é "O Espelho", mas em versão ao vivo, e sem perder a qualidade e a harmonia. Desta vez o rock balada ganha a dedicatória do baterista Mateus. "Esta música eu ofereço para minha namorada, Fernanda. Para quem quiser prestar atenção serve como uma declaração", revela.
Além do amor, os Espíritos Zombeteiros também falam de outros assuntos comuns na vida de quatro estudantes universitários de classe média. "Sexo, drogas, sacanagem, piadas internas, xingamentos, decepções, alegrias, desespero e até um pouco de protesto também, mas tentamos ser bem humorados para não cair na panfletagem", diz Mateus.
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As baladas são apenas uma ponta do som do grupo. A segunda faixa do CD, "O Parasita", traz uma batida bem mais pesada e se destaca com um belo arranjo de baixo e guitarra. No geral, as músicas variam em torno do metal dos setenta e do groove, e contam com uma mistura de surf music, funk metal, psicodelia, grunge e power pop, dependendo da faixa.
A terceira música do disco é "Irmãos, Chadornay", onde se percebe uma grande influência do rock psicodélico. O ritmo se acelera um pouco mais na faixa quatro, "Pra mim e pra você também". A música alterna momentos de peso com passagens mais lentas, numa batida mais próxima da surf music.
O amor volta a ser a temática da disco na música cinco, "Saída 12". Desta vez, o sentimento não é lembrado com um rock balada, mas com um som instrumental muito mais pesado. "O Ouriço", faixa seis, traz um grunge misturado com funk metal e de certa forma também com uma pequena dose de ska. No conjunto, os Espíritos Zombeteiros conseguem unir a diversidade e a qualidade num som limpo e original.