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'Watchmen' estreia como série no próximo domingo

Agência Estado
16 out 2019 às 14:46
- Divulgação
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Muito antes de David Benioff e D.B. Weiss enfrentarem a ira dos fãs por causa do final de 'Game of Thrones', Damon Lindelof experimentou a mesma coisa com o fim de 'Lost'. "Aprendi que os fãs têm exigências. Havia coisas que eles queriam, mas também esperavam surpresas, o que é uma certa contradição. Então, não sei bem como lidar com isso", disse ele em entrevista à imprensa em Los Angeles. O temor do julgamento não parece paralisá-lo, porém. Tanto que, depois da ótima 'The Leftovers', ele volta com outro projeto: 'Watchmen', que estreia no domingo (20), às 23h, na HBO, se passa no mesmo universo da idolatrada graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons, mas não é uma adaptação, como foi o filme de 2009 dirigido por Zack Snyder.

Vendo apenas o primeiro episódio, é verdade que uma certa confusão se estabelece. Se na realidade dos Estados Unidos - mas não só - de 2019, os negros são invariavelmente alvo de agressões e assassinatos pelas mãos da polícia, em Watchmen os policiais, que agora andam mascarados para sua proteção, estão caçando supremacistas brancos. Uma delas é a negra Angela Abar, interpretada por Regina King. Os supremacistas brancos, por sua vez, declaram uma guerra à policia usando a máscara de Rorschach - o controverso personagem da graphic novel, visto como herói por muitos, mas de claras tendências fascistas.

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De cara, Lindelof foi questionado sobre a responsabilidade de mostrar a polícia ao lado dos negros contra os supremacistas brancos, o contrário da realidade. "Uma das coisas mais bacanas do Watchmen original era que não dava para saber o que era história real e o que era história alternativa", disse. "Eu espero que, ao longo dos nove episódios, as coisas fiquem mais claras. Mas esse não é um projeto tradicional de super-heróis, que derrotam alienígenas, eles voltam para casa e todos vencem. Não há derrota para a supremacia branca" (leia ao lado outros trechos da entrevista coletiva de Lindelof).

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De fato, episódios seguintes deixam mais claras as complexidades do que ele quer falar sobre as relações raciais nos Estados Unidos e o impacto profundo do trauma no tecido social de um país.

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Nesse universo paralelo, não há internet nem celulares. O presidente, desde o início dos anos 1990, é Robert Redford - ele mesmo, o ator. "Queríamos explorar a ideia do que aconteceria se um homem branco bem-intencionado fosse presidente por um longo período", contou Lindelof. "Sendo eu mesmo um homem branco, a ideia de que em meu país não haveria uma tremenda resistência à tentativa de igualar a balança de poder entre brancos e negros é ridícula."


Uma coisa que Damon Lindelof promete é não mexer no cânone, no material original - e, na verdade, é fundamental pelo menos dar uma espiada na página da Wikipédia para entender o universo paralelo do quadrinho também, em que os Estados Unidos ganharam a Guerra do Vietnã, por exemplo.


Alguns dos personagens originais que ainda estão vivos aparecem, inclusive Adrian Veidt (Jeremy Irons), também conhecido como Ozymandias. Mas, como a graphic novel diz, "nada nunca termina". A história continuou, o que houve antes tem consequências agora, e a série vai imaginar como.


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