Não será por falta de salas de cinema que Curitiba vai continuar a ver as principais estréias nacionais e internacionais com atraso. O Shopping Mueller inaugurou nesta terça-feira o primeiro passo para a construção de oito salas de cinema, com previsão para serem concluídas até o final do ano. A passarela rolante é uma obra inédita na América Latina e também o primeiro caso de ocupação aérea privada sobre uma via pública em Curitiba. O que gerou, é claro, uma certa polêmica em todo o seu percurso de construção.
De autoria do arquiteto curitibano Adolfo Sakaguti, a moderna obra tem nove metros de altura e 61 metros de extensão. Vai funcionar como um elo de ligação entre o novo estacionamento, já em funcionamento, e as futuras salas de cinema. As salas serão construídas no antigo piso G3 do shopping e terão capacidade total para cerca de 2,3 mil pessoas. Os novos cinemas serão administrados pela empresa norte-americana Cinemark, que já incluiu no projeto espaço para filmes alternativos.
Com o empreendimento, o presidente do Shopping Mueller, Salomão Soifer, diz esperar crescimento no fluxo de visitantes do shopping de até 30%. ''Também vamos gerar 2,5 mil novos empregos com a inauguração da passarela, estacionamento e cinemas'', contabiliza Soifer. Para ele, um shopping que não tem entretenimento fica defasado. Foi partindo dessa premissa e de um estudo encomendado sobre a demanda dos clientes do shopping, que a empresa decidiu investir na construção das salas de cinema.
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E já que o primeiro shopping de Curitiba tinha limitações físicas para abrigar tais projetos, um prédio em frente, na Rua Mateus Leme foi comprado para tal fim. O problema seria resolver a interação entre o fluxo de veículos e de passageiros sobre a rua, bastante movimentada. A solução foi a passarela. O projeto foi aprovado pela prefeitura que, como contrapartida, recebeu o prédio onde funciona atualmente o Moinho Novo Rebouças.
Uma iniciativa não tão lucrativa, já que poucos eventos (ou nenhum) têm acontecido no local ultimamente, mas certamente valiosa, já que o prédio e o terrreno do Novo Rebouças está avaliado em R$ 2 milhões, como informou o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL) à Folha, durante a inauguração da passarela.