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Curitiba realiza a 22ª Oficina de Música

Katia Michelle Pires
08 jan 2004 às 17:28

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A Oficina de Música de Curitiba, iniciada no dia 07 de janeiro, quarta-feira, vai servir de modelo para festivais que acontecem em outros países. O 1º Festival de Oboístas da China, em agosto, será a primeira experiência inspirada na oficina brasileira.

Os dois eventos têm à frente o oboísta Alex Klein. Há três anos ele é responsável pela direção artística da oficina curitibana, o maior evento de música da América Latina. Agora, Klein vencedor do Prêmio Grammy 2002 de melhor solista instrumental e integrante da Orquestra de Chicago pretende levar a experiência desenvolvida na Capital para outros lugares.

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O músico está em Curitiba para acompanhar a 22ª edição da oficina, que prossegue até o dia 24. O evento é dividido em duas fases: Erudita e Popular. A fase erudita, que vai até o próximo dia 16, traz na programação nomes consagrados da música, como o trompetista americano Bud Herseth, uma ''lenda viva'', segundo classifica Klein.

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Para o diretor artístico da oficina, o principal diferencial do evento em relação a outros países, não é apenas a participação de nomes importantes da música internacional e nacional, mas o aspecto educacional e social da oficina. ''A educação musical é a prioridade, mas o que acontece nos bastidores é muito importante. Os alunos estão fazendo contatos para a vida inteira'', diz Klein.

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Por isso, desde que assumiu a direção da oficina ele está investindo na troca de experiências entre nomes de peso e alunos dos mais variados pontos do Brasil e do mundo.


Este ano, cerca de 1,5 mil alunos brasileiros e estrangeiros participam do evento. São cerca de 70 concertos oficiais que acontecem ao longo dos 20 dias da oficina. Além de Herseth, Klein destaca a soprano portuguesa Jennifer Smith. Ambos fazem parte do corpo docente da oficina, que oferece dezenas de cursos nos mais diversos instrumentos e categorias.

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Para reunir elenco tão especial com pouco menos de R$ 1 milhão (orçamento da total da oficina), Klein conta com os ''contatos pessoais'' dele e de outros dirigentes do evento, além de apoio de outros países. ''Os professores participam porque já conhecem a intenção da oficina, ninguém vem por causa do dinheiro'', diz. O orçamento da Oficina de Música durante os 20 dias do evento, segundo compara Klein, equivale a apenas um dia de um festival semelhante em outro país.


''Mas a Oficina de Curitiba não deixa a desejar em nada. E ela funciona nesses moldes porque atende às necessidades dos alunos. Em cada lugar, as necessidades são diferentes'', classifica o oboísta. A premissa está sendo levada em conta para o projetos que Klein quer desenvolver em outros locais, tendo como base a oficina curitibana. O Festival de Oboísta da China, que leva o seu nome, já é fruto desse trabalho. O evento deve reunir mais de 100 músicos da China, Coréia, Japão e outros países asiáticos.

Klein também será homenageado na China e vai gravar com a Orquestra de Pequim. Depois da experiência chinesa, o músico vai enfrentar uma agenda atribulada durante o ano. Ele vai reger e tocar com as orquestras de Portugal, México e ainda tem compromissos no Japão e Berlim. No segundo semestre ele retorna ao Brasil para concertos em Minas Gerais e Rio de Janeiro.


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