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A volta dos mutantes

Estréia nesta quinta no Brasil 2º filme dos X-Men

Redação - Folha de Londrina
30 abr 2003 às 19:38

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Como abertura, vale o lugar comum. Era inevitável que, depois do êxito obtido pela primeira parte - quase 300 milhões de dólares nas bilheterias ao redor do planeta - surgisse uma sequela das aventuras destes super-heróis da grife Marvel. Há três anos, o próprio diretor, Brian Singer, foi categórico e confiante em todas a entrevistas: ''Haverá uma segunda parte, e eu estarei nela''. A partir desta quinta, e no decorrer das próximas semanas, ''X-Men 2'' vai ocupar posição de destaque em amplo circuito internacional, estreando em mais de uma centena de países.

O diretor Singer tinha então muito claro que esta continuação deveria oferecer mais do que ''X-Men''. Não que o primeiro filme fosse ruim, mas envolta num vistoso, brilhante desenho futurista, a primeira versão do ''comic'' oferecia quase nada além de espetáculo e entretenimento. Brian Singer também afirmou, por ocasião daquele anúncio, que a segunda parte deveria ser mais intensa. Tinha razão o diretor, e cumpriu sua meta, além de estar oferecendo ainda dose dupla de espetáculo - os 75 milhões de dólares gastos nos 104 minutos da versão 2.000 foram agora ''arredondados'' para 125 milhões, generosa diferença gasta em mais meia hora. Com esta folga orçamentária, não há como pensar em discrição ou comedimento, como bem atesta o deslumbrante prólogo oferecido ao espectador.

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Felizmente mais obscura e mais sombria, esta retomada dos mutantes sempre perseguidos, seja pelos de sua própria espécie, como no filme anterior, seja pelas pessoas que pretendem salvar, como neste ''X-Men 2''. O argumento e o roteiro, assinados pelo próprio Singer e outros seis co-autores, está agora livre de pressões, isto é, não existe mais a fanática vigilância de gerações de adeptos (a história já é quarentona) e nem a preocupação com aquele público que jamais teve conhecimento da existência dos Homens X - neste confronto os fãs foram mais favorecidos que os não iniciados em histórias em quadrinhos. De qualquer forma, foi possível, assim, respeitada a iconografia, partir para uma abordagem tanto mais ambiciosa da galeria de tipos, envolvendo certas peculiaridades existênciais. Evoluídos e super dotados todos, mas mantendo fragilizadas almas humanóides.

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Como na primeira parte, não há óbvio confronto entre bem e mal, mas com frequência uma estranha triangulação de forças oponentes. O professor Charles Xavier (Patrick Stewart, menos aproveitado do que devia e merece) dirige uma espécie de Hogwarts, só que para ''bruxos'' adultos e ainda mais super-poderosos. O niilista Magneto (Ian McKellen, com visível desfrute de seu personagem), que escapa de sua prisão estilo Hannibal Lecter onde terminou ao final do primeiro filme. E um novo personagem, o sinistro anti-mutante General William Stryker (Brian Cox). Surpreendentemente, duas gerações de X-Men acabam por unir forças a um improvável aliado para combater a nova ameaça, desta vez humana.


E os mutantes heróis, a quantas andam? Os personagens centrais permanecem, há alguns novos e outros que não reaparecem. Mas tratando-se de um grupo, Brian Singer está sem seu elemento mais natural - estão lembrados de ''Os Suspeitos'', filme de estréia do jovem diretor realizado em 1995? Os mutantes de lá como os de aqui Singer conhece bem, seus mistérios, a sua dualidade, tudo aquilo que os torna fascinantes. Ele orquestra com mãos hábeis este painel de personagens e suas respectivas histórias, abrindo espaço para um estudo mais sobre seres humanos do que super-heróis.

Apesar da segurança na narrativa, há duas vítimas a lamentar, dependendo do ponto de vista. A ação propriamente dita, com frequência relegada ao segundo plano. E um certo auto-convencimento: em que pesem seus méritos como parte de uma série que com certeza deve continuar (ou alguém seria insano o suficiente para matar a galinhas dos ovos de ouro? ). ''X-Men 2'' é com frequência insatisfatório como filme que deveria ter vida própria e independente de ciência prévia. Vale dizer: se você não viu ''X-Men'', poderes e motivações dos personagens podem causar confusão. Entre as diversas virtudes: um elenco de rara afinação e um soberbo trabalho de montagem e trilha musical, ambas assinados por John Ottman, colaborador-fetiche de Brian Singer.


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