Com os patrocinadores já fechados - Petrobras, TIM, governos do Estado e do Município, cada um com cotas de R$ 250 mil -, o Festival de Teatro de Curitiba entra na reta final para o dia 22 de março. Abre o FTC um espetáculo nacional da Companhia Circo Mínimo, de São Paulo, dirigida por Rodrigo Mateus. Já estão acertadas 115 peças (cem no fringe e as outras na mostra oficial).
Entre as peças que estão prometendo o maior número de espectadores este ano estão "Felizes Para Sempre", de Adriano e Fernando Guimarães, com Vera Holtz, "Copenhagen", de Marco Antonio Rodrigues e texto de Michael Frayn, que foi premiada na Broadway ano passado, e "Ooze/Ezoo", da Companhia João Andreazzi de dança contemporânea, inspirada no texto Pioravante Marche, de Samuel Beckett.
Serão seis estréias nacionais, entre elas "Abajur Lilás", de Plínio Marcos, com Lima Duarte e Ester Góes, que encerra o FTC; "Copenhagen", de Michael Frayn; "Memória das Águas", de Felipe Hirsch; "Um Porto Para Elizabeth Bishop", de José Posse Neto e texto de Marta Góes; e "Um Trem Chamado Desejo", do grupo Galpão, de Belo Horizonte, dirigida por Chico Pelúcio, com data marcada para estreiar no dia 26 de março.
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O orçamento do FTC para este ano é de R$ 1,5 milhão. Pela Lei Rouanet foi aprovada a verba de R$ 2 milhões e já foram captados R$ 1 milhão. Estão sendo esperadas, segundo o organizador Victor Aronis, mais de 80 mil pessoas (número registrado no festival do ano passado).
Os ingressos começam a ser vendidos em 1º de março, em local a ser confirmado, mas que provavelmente continue no Shopping Mueller. Para os espetáculos da mostra oficial, os preços ficam entre R$ 20,00 e R$ 5,00 e para o fringe, de R$ 15,00 a R$ 2,00. As oficinas custarão de R$ 30,00 a R$ 60,00 e estarão com as inscrições abertas a partir do dia 15.
Este ano só uma peça internacional, a "Balada De Un Verano En La Habana", da Cia Folgueiras Itinerant Theatre, de Los Angeles (EUA), participará do fringe do festival e ainda não está totalmente acertada. Entre as estréias já confirmadas está "Memória das Águas", do paranaense Felipe Hirsch. No ano passado a peça de Hirsch "A Vida é Feita de Som e Fúria", depois de estrear no FTC, abriu vários outros festivais em cidades brasileiras. A peça "Pequenos Trabalhos para Velhos Palhaços", do Rio de Janeiro, também fez carreira.
Segundo Aronis, o fato de o número de peças no fringe estar bem maior do que o da mostra oficial, é proposital. "Desde o início era essa a idéia. A mostra oficial passa por uma curadoria e as que vêm para o fringe têm como maior compromisso participar do festival, sem tantos critérios. Usam espaços alternativos e em geral, pela falta de compromisso com a curadoria, são mais arrojados e criativos", reconhece. Esse ano serão apresentadas 35 peças do Paraná, no fringe. Uma delas é "Malditos somos nós tentando ser nós mesmos", com a cia Malditos Ácaros do Microcosmos, com a participação da banda homônima. A direção é de Guilherme Durães. Além disso, a Rua XV de Novembro virará uma "Rua do Festival" com várias peças sendo apresentadas no calçadão.
Para os atores e produtores dessas peças o mais importante, segundo Aronis, é ver visto pela grande imprensa especializada e pelos "olheiros culturais" - ano passado estiveram aqui, entre 50 a 100 olheiros a procura de bons espetáculos para suas regiões.
Adiantando o programa para o festival do ano 2002, Aronis diz estar em conversação com diretores israelenses e canadenses. Os contratos devem ser fechados até o final de agosto, quando termina o Festival de Edinburgo, na Escócia.
Esse ano, Curitiba sediará mais um grande festival: o de circo, que ocorrerá entre 13 e 23 de outubro. O orçamento para esse evento é de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões. O festival trará 11 espetáculos do chamado "novo circo", que funde teatro, dança e circo, numa tentativa de fazer ressurgir o "velho circo".