As bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A aportam em Curitiba para o show que acontecerá no Moinho São Roque, no I Festival de Mangue Beat. Mais do que simples bandas, elas são uma das mais interessantes inovações exportadas por Pernambuco ao resto do País e exterior.
Os rapazes da Nação Zumbi acabam de colocar na praça "Radio S.AMB.A" pelo selo paulistano YBrazil? com lançamento simultâneo na Europa e Estados Unidos. Representante genuína da mangue beat, a banda aparece com seu primeiro trabalho pós-Chico Science. No palco do Moinho São Roque, com capacidade para 5 mil espectadores, eles oficializam o lançamento.
Os músicos são uma referência para as bandas que surgiram nos últimos anos. Jorge Du Peixe, Lucio Maia, Djengue, Gilmar Bolla 8, Pupillo, Toca Ogam e Gira são respeitados pelos seus pares pelo som que produzem. Eles misturam ritmos e estilos musicais de forma alucinante. No caldeirão entra desde o rock ao techno, do hip hop ao funk e maracatu.
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Pelo meio do ano de 1991 quando o destino do grupo se cruzou ao de Chico Science, ela ainda era identificada como intérprete de samba-reggae e se chamava Lamento Negro. "Chico Science e Nação Zumbi" viria mais tarde. Sob essa denominação os moços assinam, em 1993, contrato com o selo Chaos, da Sony. Em 94 chega às lojas o CD "Da Lama ao Caos", com grande repercussão.
O suficiente para a banda aceitar convite do Hollywood Rock, em 1996. Nesse mesmo ano grava o segundo álbum, "Afrociberdelia". Os dois lançamentos somam 130 mil cópias vendidas no Brasil e na Europa. Nas paradas de World Music chegam ao quinto lugar. Um acidente automobilístico tira a vida de Science em fevereiro de 97.
Depois de brilhar em festivais de renome como o Summer Stage, em Nova York, e o Barbican, em Londres, a Nação Zumbi espera janeiro chegar para participar do Rock in Rio III - Tenda Brasil.
Num Tem Caô - A noite de hoje será aberta com a curitibana Num Tem Caô, banda que também nunca fechou num único ritmo. Ela transita pelo hip hop, rap, hardcord - e no trabalho mais recente há também influência da batida do maracatu. Com quatro anos de vida, o grupo tem agora nova formação: Thiago (vocal e guitarra), Mendez (baixo), Gustavo (bateria), DJ Plock (scratch) e Bhorel (percussão).
Num Tem Caô está em boa fase. Está lançando um single promocional, com a música "Sua Força" (criação coletiva) escolhida para ser o carro-chefe. Entrará na programação das rádios 89, em São Paulo, na Ipanema, em Santa Catarina, além das emissoras locais. Já o próximo número da revista Trip, que sai neste mês, circulará com um CD em cuja coletânea estão os curitibanos com "18 de Janeiro". A cidade estará bem representada na noite dos pernambucanos.
O evento também contará com a participação de outras bandas, como as paulistas da nova geração do mangue beat: Schulappa e Sujeito Homi, além das curitibanas Dona Preta, Davi Black, Swing Barnabé e Afro Reggae Obá.
Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, única apresentação no Moinho São Roque (Avenida Desembargador Westphalen, 4000, fone 333-3964. Ingressos: R$ 12,00 (primeiras mil pessoas); R$ 15,00 (após a cota inicial). Início às 20 horas. Pontos de venda de ingresos: Lojas Maha Skates (nos shoppings de Curitiba) e Barulho Records.