Saul Trumpet 2002

Rodrigo Juste Duarte

09 abr 2002 às 17:28

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Nesta segunda-feira, 08 de abril, ocorreu a 7ª edição do Prêmio Saul Trumpet, que contempla os melhores do ano na música paranaense. No Teatro Guaíra, artistas fizeram seus números musicais e em seguida as vezes de apresentadores. Uma idéia válida, porém nem todos tinham desenvoltura para serem mestres de cerimônia. De todos, quem se saiu melhor foi (disparado) Carlos Careqa, curitibano radicado em São Paulo. Sua invejável presença de palco proporcionou os melhores momentos da festa. A organização cometeu uma falha gravíssima em não escalar um apresentador sequer para dizer quem estava tocando. Que tenham o bom senso de sanar esta deficiência no ano que vem, de preferência com Carlos Careqa desempenhando a função.

Muitos dos troféus entregues foram realmente merecidos, como o de melhor arranjador para João Egashira, melhor instrumentista para Paulo Branco, melhor CD de MPB para o Trio Quintina e melhor videoclipe para "Cinema Novo", da banda Cartoon. O bicho-papão da noite foi o grupo Alexandre Nero & Maquinaíma, levando quatro prêmios: melhor cantor, letrista, CD pop e encarte de CD.

Ao fim da festa, a cantora Edith recebeu os dois prêmios mais importantes (melhor música e compositora), causando surpresa. Durante toda a cerimônia, ela não figurava em nenhuma das demais categorias e acabou recebendo o Saul Trumpet pelas duas únicas em que foi indicada. "Me senti surpresa porque todos os demais indicados e premiados se diferenciam bastante do meu trabalho. Achava que não fosse ganhar nada por ser muito diferente. Meu CD é um trabalho de voz e piano. Sou uma suíça que vive em Curitiba há muitos anos, mas ainda me sinto como uma estrangeira. Senti um grande reconhecimento e aceitação ganhando esse prêmio", contou, emocionada, Edith.