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Nesta segunda

Gilberto Gil fala sobre a morte no 'Conversa com Bial'

Redação Bonde com assessoria de imprensa
08 mai 2017 às 09:22

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- Carol Caminha/GShow
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Não se sabe quando, nem quem disse que morte não era assunto bem-vindo. Tão pouco benquisto. Para um homem que se aproxima dos 75 anos, que passou mais de cem dias hospitalizado nos últimos tempos e que tem algumas músicas sobre o tema em seu vasto repertório, essa está longe de ser uma questão a ser tratada "com dedos". O que não significa que seja um assunto fácil. "Ainda é muito difícil pra qualquer um de nós lidar com a morte, com esse desaparecimento da pessoa", reflete Gilberto Gil, convidado desta segunda-feira (8), do Conversa com Bial.

"Não tenho medo da morte" é o nome de uma música feita por Gil. Isso não significa que não exista o receio de morrer. Recentemente, o baiano teve de passar por um procedimento no coração (biópsia do músculo cardíaco) e isso serviu de inspiração para mais uma obra. Para Roberta Saretta, a cardiologista que cuidou do artista, ele compôs "Ela mandou arrancar quatro pedacinhos do meu coração...". Na plateia do programa, Roberta diz que médicos estão, sim, mais familiarizados com esse tipo de assunto. "Até porque a gente lida com vida e morte o tempo todo, e acaba criando um distanciamento para cuidar de alguém. O que não quer dizer que a gente não se emocione", comenta a médica.

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Duas convidadas da atração também lidam de maneira curiosa com este assunto. Camila Appel, jornalista e criadora do blog "Morte sem tabu", escrevia obituários na Folha de S. Paulo e começou a se interessar por isso. "Me apaixonei pela escrita e pela história das pessoas. Comecei a sofrer até certo preconceito por parte das outras pessoas, que não entendiam isso", explica Camila, que também integra a equipe do ‘Conversa com Bial’. A Gil, ela pergunta: "O que você quer ser quando morrer?", e ele responde: "Tanto faz".

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Já a professora de Biologia Neusa de Carvalho, de 86 anos, fez um testamento vital, com a intenção de deixar registrado o que ela não quer que façam com seu corpo, caso algo aconteça. "Não quero alimentação por sonda, nem mais de duas ressuscitações cardíacas, por exemplo", revela a professora. "Não vou ter enterro, nem velório, doarei meu corpo para estudo".

E, como falar de morte também é falar de vida, Gil aproveita para presentear o público com duas músicas que fez para celebrar a chegada do neto Sereno e da bisneta Sol de Maria.


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