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Preconceito

Jornalista do SBT chama pessoas depressivas de "Covardes"

Redação Bonde
04 abr 2015 às 11:04

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- Reprodução/SBT
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O jornalista do SBT de Santa Catarina, Luiz Carlos Prates, acabou criando mais problemas nesta semana, o motivo foi mais um de seus comentários considerados preconceituosos.

Na última segunda-feria (30), no telejornal "SBT Meio Dia", Prates comentou sobre o copiloto Andreas Lubitz, que derrubou um avião de propósito na França e matou 150 pessoas. O rapaz sofria de depressão e escondeu isso da empresa aérea.

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Usando esse caso como exemplo, o jornalista falou sobre a depressão e acabou sendo preconceituoso. Ele afirmou que pessoas depressivas são "covardes existenciais" e que deveriam ser "execrados" e "desprezados".

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Confira o comentário do jornalista na íntegra, clique!

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A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) emitiu uma nota comentando o caso na última quinta-feira (2) e repudiou veementemente as declarações do jornalista do SBT. O presidente da Associação , Antônio Geraldo da Silva, afirmou que o Prates provocou um dano inestimável ao tratar o depressivo de maneira tão tosca e incentivar o desprezo à ele.


Veja o comunicado na íntegra:

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"Ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT)


A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) considera desrespeitosas e irresponsáveis as declarações sobre depressão do apresentador do SBT Santa Catarina, Luiz Carlos Prates, veiculadas no programa SBT Meio Dia de 30 de março. O apresentador, demonstrando total intolerância, desconhecimento e ignorância no assunto, afirma, entre outros absurdos, que o depressivo é um "covarde existencial". Porém, para 46 milhões de brasileiros, a depressão é uma realidade. Segundo o Ministério da Saúde, 20% a 25% da população têm, teve ou terá depressão ao longo da vida. O transtorno atinge o físico, o humor, o pensamento e até a forma como a pessoa vê e sente o mundo ao seu redor. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o segundo lugar entre as doenças que causam incapacidade profissional e a projeção é de que até 2020 ela esteja no topo da lista. O desinteresse pelo trabalho e pelas atividades sociais rotineiras, além da falta de prazer nas coisas que gosta e com as pessoas que ama, transforma drasticamente o cotidiano dessas pessoas, o de seus familiares e amigos, e traz consequências devastadoras.

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O sofrimento é muito grande. Apesar de a depressão e demais transtornos mentais afetarem muitos brasileiros, o preconceito em torno deles, conforme o demonstrado por Luiz Carlos Prates no programa, é crescente. Cabe à sociedade combatê-lo e acompanhar as descobertas científicas do seu tempo, embora ainda haja muita desinformação. Justamente para unir a classe psiquiátrica e a sociedade sobre tão presente realidade enfrentada nos consultórios médicos de todo o Brasil, a ABP criou a campanha "Psicofobia é um crime". A psicofobia é o nefasto preconceito contra os portadores de deficiências e transtornos mentais. Se não se deve debochar ou subestimar doenças como o câncer ou a diabetes, por exemplo, também não há razão para as doenças mentais não serem encaradas com a seriedade que elas pedem e seus portadores exigem. Em pleno 2015, ideias preconceituosas devem ser combatidas com ainda mais veemência. É chegada a hora de a sociedade olhar com maturidade e respeito para os portadores de transtornos mentais. Depressão é coisa séria. Para se ter uma ideia, a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida e, a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida. Desta forma, morrem cerca de um milhão de pessoas por ano no mundo, número maior do que todas as guerras e homicídios.


O apresentador provoca dano inestimável ao tratar com desdém a pessoa deprimida e ainda incentivar que os outros a tratem de forma grosseira e desprezível. É grave, é gravíssimo! Não acreditamos que o SBT apoie condutas de discriminação como a psicofobia, homofobia, xenofobia e racismo como um todo. A ABP e os quase 50 milhões de portadores de transtornos mentais aguardam uma resposta à altura pela irresponsabilidade deste seu funcionário. Isto será levado pela ABP aos tribunais, pois preconceito é algo intolerável.


Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)".

(Com informações do sita Na Telinha e UOL)


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