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Para ser 'atraente', "Jornal Nacional" quebra duas regras em uma semana

Redação Bonde
15 mai 2015 às 09:22

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William Bonner e Maria Júlia Coutinho no JN de ontem: 'Ela prefere ser chamada de Maju', diz âncora - Reprodução/Globo
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O mais tradicional telejornal brasileiro está passando por grandes reformulações nas últimas semanas, na tentativa de voltar a ser atraente para o público. Além do novo cenário, e de mudanças nas posições dos apresentadores. Nesta semana o "Jornal Nacional" quebrou duas regras que, até então, eram rígidas na emissora.

Na segunda-feira (11) uma reportagem sobre desemprego utilizou um recurso de avanço rápido (fast foward). O repórter Phelipe Siani contou 162 pessoas em uma fila de desempregados em São paulo. Para que o material não ficasse chato, a imagem e a voz do repórter foram acelerados. Até a semana passada essas intervenções não eram permitidas.

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Com um texto conversado, Siani chegou a ser dispensado da Globo, dez anos atrás, após um estágio na emissora. Ele acabou sendo classificado como "solto" demais para o engessado modelo utilizado na globo. Hoje, o repórter é apresentado como modelo para o "novo" "Jornal Nacional" e já é conhecido como o "clone de Bonner".

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Outro momento que demonstrou a renovação do telejornal global foi na terça-feira (12), quando William Bonner decretou, ao vivo, que Maria Julia Coutinho, a nova moça do tempo do "JN", passaria a ser chamada de "Maju". Apelidos na emissora também eram proibidos até a semana passada.


A liberação do uso de apelidos foi bem recebida na emissora. Até pouco tempo atrás, trechos de reportagens chegavam a ser cortados por um deslize do profissional, que às vezes deixava escapar um "tá", no lugar de "está". A informalidade na emissora era vista como um redutor de credibilidade.

As mudanças no "JN" tiveram início após uma pesquisa feita pela emissora, que detectou que os telespectadores não se sentiam mais atraídos pelo telejornal.


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