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Afiliada da Globo

Repórter da RPCTV sofre insinuação de deputado

Redação Bonde
14 ago 2015 às 11:06

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- Divulgação/RPC
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Durante um discurso que fazia na Assembleia Legislativa do Paraná na última segunda-feira (10), o deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) fez uma insinuação contra a jornalista Paola Manfroi, da RPCTV, afiliada da Globo.

Segundo o Comunique-se, o parlamentar pastor se queixou de uma reportagem exibida no "Paraná TV", telejornal da RPC/Globo, que falava do bloqueio judicial de seus bens e de um assessor e acusou a repórter de praticar troca de favores para conseguir a informação.

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"O que essa jornalista deu para conseguir essas informações privilegiadas? Como que conseguiu isso? Se nem eu sabia que tinham embargado, bloqueado minha conta bancária? Como pode?", questionou Praczyk.

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De acordo com a RPC, no dia em que a matéria foi exibida, o político e o assessor foram procurados para falar da decisão, mas não se pronunciaram. A reportagem tratou de suposto caso de corrupção investigado pelo Ministério Público do Paraná. Os dois são acusados de contratar uma funcionária fantasma no gabinete do deputado e, por isso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 308 mil para garantir eventuais ressarcimentos de valores pagos indevidamente.

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Divulgação
Divulgação - Deputado Pastor Edson Praczyk (PRB)
Deputado Pastor Edson Praczyk (PRB)


O ataque provocou repercussão negativa na Assembleia. O deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, ocupou a tribuna para questionar Praczyk sobre a maneira como se referiu à profissional: "Em momento nenhum, as mulheres e nem a jornalista Paola podem ser, por alguma razão, dadas à população a impressão de que, para conseguir algum tipo de informação, procedeu de uma forma, que, no nosso linguajar, na nossa cultura, induz a uma facilitação".


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná repudiou as declarações do deputado, que configuram quebra de decoro, e afirmou que está estudando medidas judiciais contra o parlamentar: "O mesmo político já tinha usado palavras de baixo calão para se referir a jornalistas que cumpriam com o seu dever, questionando as irregularidades apontadas pelo Ministério Público. Desta vez, porém, há o sério agravante do machismo".

Já Paola Manfroi não falou sobre o caso, preferindo o silêncio. (As informações são do site Na Telinha)


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