O presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, morreu nesta quarta-feira em Buenos Aires. O cartola foi internado durante a madrugada por conta de complicações cardíacas. Grondona estava com 82 anos e a causa da morte foi por insuficiência cardíaca, causada por aneurisma na artéria aorta. Ele estava na UTI, respirando por aparelhos. A morte ocorreu às 12h50 (de Brasília), pouco antes de ser submetido à uma cirurgia.
Mais cedo a AFA havia divulgado uma nota onde informava apenas que Grondona havia dado entrada no Hospital Mitre, em Buenos Aires, por conta de uma "indisposição. O dirigente estava no comando da AFA desde 1979. Nesta quarta-feira ele tinha confirmado uma coletiva, onde deveria anunciar o substituto de Alejandro Sabella no comando da seleção.
A carreira do cartola
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Grondona deu seus primeiros passos como dirigente de futebol muito cedo. Com 24 anos, em 1956, ajudou a fundar o Arsenal de Sarandí. O estádio do clube, inclusive, leva o seu nome. Foi presidente da instituição de 1957 até 1976, quando saiu para concorrer e vencer as eleições presidenciais do clube de seu coração, o Independiente.
Sob o seu mandato o Rojo conquistou dois títulos, os Nacionais de 1977 e 78. No início de 1979, meses após a Argentina ter conquistado a Copa do Mundo de 1978, Grondona foi designado presidente da AFA pela ditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983. Apesar do retorno à democracia, permaneceu no cargo que os militares o haviam entregado.
No período Grondona, a Argentina conquistou a Copa do Mundo de 1986, as Copas América de 1991 e 93, e duas medalhas olímpicas, em 2004 e 2008. Além da presidência da AFA, Grondona era um dos vice-presidentes da Fifa e ocupava a Comissão de Financas e o Conselho de Marketing e Televisão da entidade mundial.