Com medo de uma possível retaliação de torcidas do Palmeiras, Sandro da Silva Aragão, de 34 anos, e seu primo Felipe Aragão de Souza se entregaram no 62.º DP de Ermelino Matarazzo (zona leste de São Paulo) na madrugada de sábado e confessaram a participação na briga que causou a morte do taxista santista Gerson Ferreira de Lima, de 34 anos, a pauladas. A hipótese de que o crime tinha relação com rixa de torcidas organizadas foi descartada pela delegada Regina Célia Issi.
Sandro levou a camisa verde que vestia no dia do crime e explicou que era do Brasil e não do Palmeiras. Apesar de ter sido o responsável por iniciar a briga, ele deve responder apenas por tentativa do homicídio. Seu primo, Felipe, foi quem matou Gerson e será indiciado por homicídio doloso, com pena prevista de 6 a 8 anos.
De acordo com o depoimento de Sandro, a briga começou no banheiro de um posto de gasolina da avenida Águia de Haia. Lá, ele e o filho de 13 anos teriam sido ofendidos por Alisson Davis Moreira, de 27 anos. Irritado, Sandro foi para casa, encontrou-se com o primo Felipe e resolveram procurar Alisson pela região.
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No segundo encontro, ele desferiu socos em Alisson, enquanto que Felipe acabou assassinando Gerson (que no primeiro encontro tentou apenas apartar a briga) a pauladas.
Eles fugiram do local e a polícia investigou uma suposta guerra de torcidas. A camisa verde fez Sandro ser apontado como uniformizado do Palmeiras, o que desagradou alguns torcedores de Ermelino Matarazzo e redondezas. O medo de serem perseguidos por integrantes de alguma torcida do clube alviverde os levou a se apresentar na delegacia.