Vinte dias depois de aprovar em primeiro turno a venda e o consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estádios da cidade, os vereadores de Curitiba mudaram de opinião na Câmara Municipal. Nesta segunda-feira (14), 28 dos 34 votantes rejeitaram a proposta e impediram a comercialização de cerveja nos jogos de futebol. Foram 4 votos a favor e 2 abstenções.
A proposta rejeitada hoje autorizava o comércio de bebidas alcoólicas nos estádios até 15 minutos antes do fim das partidas, em bares, lanchonetes e camarotes VIP credenciados. O teor alcoólico deveria ser inferior a 14% e o líquido deveria estar acondicionado em recipientes de plástico, como copos e garrafas. Os postos de venda ainda seriam obrigados a informar, por meio de cartazes e outros materiais, que o produto é proibido a menores de 18 anos de idade e que o consumo exagerado é nocivo.
Esses termos foram criticados em plenário pela Polícia Militar e Ministério Público do Paraná no dia 26 de agosto, quando a votação em segundo turno foi adiada. Representantes das polícias estiveram reunidos novamente com os vereadores depois disso, reforçando que as instituições eram contra a liberação das bebidas alcoólicas nos estádios. O arcebispo de Curitiba, Antonio Peruzzo, enviou correspondência aos vereadores, pedindo a desaprovação do projeto de lei.
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Nesse intervalo de 20 dias entre as votações, o número de vereadores contrários à venda de bebidas alcoólicas mais que dobrou, passando de 11 a 28. Enquanto isso, o número de parlamentares favoráveis à cerveja perdeu 16 apoiadores. Apenas Pier Petruzziello (PTB), Bruno Pessuti (PSC) e Paulo Rink (PPS) estiveram em plenário e mantiveram os votos pela liberação da cerveja dentro dos estádios de futebol. Aladim Luciano (PV), ausente na votação anterior, somou-se a eles hoje. Helio Wirbiski (PPS) e Professor Galdino (PSDB) se abstiveram.