Antes de a bola rolar para Palmeiras e Mirassol neste sábado, em jogo disputado no Palestra Itália e terminou em 1 a 1 pelo Paulistão, o presidente do clube alviverde, Luiz Gonzaga Belluzzo, confirmou que recebeu quatro ameaças de morte de torcedores.
Ele recebeu em quatro endereços diferentes envelopes com balas de revólver e já entrou com um Boletim de Ocorrência relatando a ameaça. O fato foi revelado neste sábado pelo jornal Diário de S.Paulo.
Os envelopes eram assinados pela Torcida Independente, do São Paulo. "Não foram eles", disse Belluzzo à Rádio Eldorado, certo que a ameaça partiu de integrantes de uma torcida uniformizada do Palmeiras.
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Belluzzo admite que está decepcionado, mas disse que o acontecido não mudou sua rotina. "Não mudei minha vida. Não queria dar muita divulgação para isso, na verdade. Alertei as autoridades. O governador (José Serra) ligou para mim, mas não ia incomodá-lo por isso", disse Belluzzo, que admitiu que as ameaças só aconteceram por causa da falta de grandes títulos.
"Estão querendo culpar esta gestão, apesar dos esforços que fizemos. O time está ruim, precisa de reforços, mas ano passado podia ter sido campeão. Não fomos e o trauma está vivendo até agora."
PROTESTO - Diretores do Palmeiras ficaram indignados com episódio das ameaças feitas a Belluzzo. "É uma covardia sem tamanho. Querem desestabilizar o clube, amedrontar, mas não vão conseguir", disse o vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo.
Na rua Turiaçu, em frente ao Palestra, torcedores empunhavam faixas pedindo a saída de Cipullo do comando de futebol. O elenco também foi chamado de pipoqueiro em uma das faixas. Belluzzo, idem.
O diretor de futebol Genaro Marino disse que as ameaças não farão a diretoria mudar de rumo. "Querem nos intimidar, mas isso não vai acontecer. Parece que se esquecem de que, quando esta gestão assumiu o Palmeiras, (o clube) atrasava salários. Hoje temos um time competitivo. Essas ameaças não podem nos fazer perder a coerência no trabalho."