O Milan é o mais novo grande clube europeu a pertencer a um grupo chinês. Silvio Berlusconi, presidente e proprietário do clube, além de ex-primeiro-ministro da Itália, assinou nesta sexta-feira a venda de 99,93% do clube por 740 milhões de euros (cerca de R$ 2,635 bilhões).
O acordo exige o investimento de 350 milhões de euros (cerca de 1,246 bilhão) em melhorias na equipe pelos próximos três anos, além de ter cedido participação em um fundo de investimento de uma estatal chinesa, segundo informou a Fininvest, braço do grupo Berlusconi.
A venda "vai melhorar o Milan, com uma estrutura apropriada de negócios e com grandes recursos financeiros, o que agora é o mais essencial para competir com os principais clubes do futebol mundial", acrescentou o comunicado.
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Embora o informe tenha manifestado que o negócio será produtivo para o Milan, o acordo final foi contra a intenção inicial de Berlusconi, de vender apenas 70% das ações a um grupo chinês. No final de 2015, ele também havia tentado repassar 48% a investidores tailandeses.
Berlusconi comprou o time em 1986 e conduziu-o a sua época mais gloriosa: foram 28 títulos em 30 anos, sendo oito do Campeonato Italiano e cinco da Liga dos Campeões. Desde 2011, porém, quando conquistou o último Italiano, o clube passou a amargar um jejum de taças e afundou em uma grande crise econômica.
Ex-primeiro-ministro, Berlusconi está afastado da política desde que foi condenado em 2015 a três anos de prisão por uma fraude fiscal em 2013. A condenação, no entanto, não foi aplicada porque o delito estava perto de ser prescrito.
A venda do Milan é só mais um novo capítulo da chegada dos investidores asiáticos no futebol mundial. Há cerca de um mês, o grupo chinês Suning comprou 70% das ações da Inter de Milão, enquanto outro conglomerado do mesmo país, o Yunyi Guokai (Shanghai) Sports Development Limited, chegou a um acordo para comprar o time inglês West Bromwich Albion.