Com seis derrotas nos últimos sete jogos e remotas chances de classificação para a Copa Libertadores, a crise se instalou de vez no Botafogo depois da goleada imposta pelo Atlético-MG, 4 a 0, no domingo. Sem rumo, os dirigentes acusam os jogadores de falta de comprometimento. Mas as críticas mais fortes são contra Caio, que foi vetado da viagem a Sete Lagoas pois a diretoria apontou "corpo mole" do atacante.
"O (gerente) Anderson (Barros) e a comissão técnica perceberam um comportamento que não estava condizente com os demais. Ele (Caio) vai ser multado e há a possibilidade de uma negociação dependendo do treinador que chegar", comentou o vice de futebol, André Silva, após mais um insucesso.
Caio reclamou de dores musculares na sexta-feira e disse que daria um parecer melhor de suas condições no sábado. Mas a diretoria e a comissão técnica o descartaram ainda na noite de sexta da partida. Revoltado, Caio se pronunciou ontem.
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"Não vou aceitar multa alguma. Multado por quê? Porque senti dores? Eu queria jogar, mas as pessoas ligadas ao futebol vetaram na sexta-feira. Até agora não entendi. Se querem me emprestar, como disseram, podem me emprestar, mas não vou responder por uma coisa que não fiz, tampouco com multa", disse, através de nota.
O atacante deveria ser titular e chegou a ser comunicado pelo interino Flávio Tenius. Mas a alegação de cansaço muscular foi encarada como descaso com o momento turbulento do clube. "Só posso entender que a diretoria me acusou de fazer corpo mole por ter sentido dores, o que não fiz em momento algum", rebateu.
Com 55 pontos, o Botafogo é o nono colocado da tabela e só chega à Libertadores se vencer o Fluminense, domingo, e Coritiba, Figueirense, Internacional e São Paulo não vencerem.