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Brasileiros investigados no time de Timor Leste foram surpreendidos, diz advogada

Agência Estado
23 jan 2017 às 11:28

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Alvos da investigação que resultou na expulsão da seleção de Timor Leste da Copa da Ásia de 2023, os jogadores brasileiros se mostraram surpresos com o caso. Acusada pela Confederação Asiática de Futebol de adulterar documentos para que 12 atletas pudessem entrar em campo, a federação timorense foi ainda suspensa por dois anos e terá de pagar uma multa de R$ 30 mil.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a advogada Cintia Ruiz Nicolau, que representa oficialmente Junior Aparecido, Patrick Fabiano e Rodrigo Silva, negou que os jogadores soubessem da fraude.

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"Eles foram pegos de surpresa. Quando ficaram sabendo da investigação, na hora procuraram ajuda jurídica. Não tem esquema nenhum com jogador, foram contatados pelas autoridades do país, obtiveram a cidadania e o passaporte. Eles não tinham nem remuneração para defender Timor, faziam isso pelo sonho de jogar em uma seleção", disse.

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Além dos três atletas, os outros que tiveram os nomes envolvidos no esquema foram: Ramon de Lima Saro, Paulo Helber Rosa Ribeiro, Diogo Santos Rangel, Paulo César da Silva Martins, Jairo Pinheiro Palmeira Neto, Felipe Bertoldo do Santos, Jaime Celestino Dias Bragança, Heberty Fernandes de Andrade e Thiago dos Santos Cunha.

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"Nenhum dos brasileiros era parte desse processo. Era apenas a seleção. A investigação era basicamente se os atletas cumpriram os quesitos necessários. Houve penalidade para a federação e dirigentes, mas não para os atletas", explicou a advogada da Effori Sports Law.


"O que existiu foi uma lista de jogadores que participaram de jogos e esses jogos foram anulados. Eles não cometeram nenhum crime, não tiveram nenhuma participação nisso porque os passaportes deles são válidos, oficiais. Timor Leste achou que os atletas preenchiam as condições para ter a cidadania", completou.

Acusado de ser o responsável do esquema, o secretário-geral da Federação do Timor Leste, Amandio de Araújo Sarmento, foi suspenso pelo período de três anos e terá de pagar multa de R$ 30 mil. Os brasileiros participaram de 29 partidas e todos os resultados foram cancelados. Destes jogos, sete foram organizados pela Fifa, o que pode resultar ainda em uma expulsão das Eliminatórias da Copa de 2022.


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