A Confederação Africana de Futebol (CAF) definiu nesta sexta-feira uma duríssima punição ao Marrocos por ter se negado a sediar a Copa Africana de Nações deste ano. Após uma reunião na Guiné Equatorial, a entidade multou o país em US$ 1 milhão, exigiu ainda uma indenização milionária e baniu a seleção marroquina das próximas duas edições do torneio continental, em 2017 e 2019.
Marrocos desistiu de sediar a Copa Africana desse ano em outubro do ano passado, por medo que o vírus Ebola, que estava assolando parte do continente, entrasse no país através de turistas que acompanhariam a competição. Dirigentes marroquinos chegaram a sugerir a mudança de data da competição ou que o local fosse sede da edição seguinte, em 2017, mas a CAF negou.
Às pressas, a entidade africana correu atrás de algum país disposto a receber o torneio e encontrou a Guiné Equatorial, que já havia sediado o torneio em 2012, junto com o Gabão. Mesmo que a competição tenha transcorrido sem problemas - a decisão será neste domingo -, a CAF garante que o prejuízo com a troca de sedes chegou a US$ 9 milhões.
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Por conta desse grande rombo, a entidade africana decidiu cobrar ainda da Real Federação Marroquina de Futebol 8,05 milhões de euros de indenização, "por todo dano material sustentado pela CAF, pelas partes interessadas e pelos parceiros, como resultado da decisão de não sediar a Copa Africana de Nações de 2015".
A federação marroquina ainda não se manifestou sobre a decisão da CAF e não informou se pretende recorrer. Se a punição for confirmada, a entidade não só terá que arcar com um imenso prejuízo como a seleção também não poderá disputar o principal torneio africano de seleções em 2017, ainda sem local definido, e 2019, em Camarões.