Com 18 voto favoráveis e uma abstenção, a Câmara Municipal de Londrina (CML) aprovou, na tarde desta quinta-feira (10), em segunda e final discussão, projeto de Lei de autoria do Executivo que pretende ceder, após licitação, o Estádio do Café à iniciativa privada.
O edital prevê que a pessoa ou entidade que fizer a melhor oferta poderá explorar o espaço público pelo prazo de 10 anos, prorrogáveis por igual período uma única vez. O vencedor do edital terá, em contrapartida, a obrigação de realizar reformas iniciais e manutenção permanente da praça esportiva. Atualmente, um dos potenciais interessados é o próprio Londrina Esporte Clube (LEC) - que já se beneficia de contrato semelhante para utilizar o Vitorino Gonçalves Dias (VGD) - ou a empresa que gere o futebol profissional do Tubarão, a SM Sports.
Segundo o presidente da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), Vilmar Caus, o custo atual de manutenção do estádio é muito elevado diante do orçamento do órgão. "Gastamos aproximadamente R$ 1 milhão por ano, mas com a troca de gramado, reformas e novas adequações, este custo deve aumentar ainda mais. E, depois, quem vai usar é um clube particular, privado, ou seja, poderíamos usar esse dinheiro em outros projetos. É o momento oportuno de fazer essa transferência", defendeu no plenário da CML.
Leia mais:
Londrina EC aposta em pré-temporada como diferencial em 2025
Vini Jr. disputa The Best contra Messi, aposentado e mais
Vaquinha congestiona site, arrecada quase R$ 8 mi em 24h e anima Corinthians
Marta concorre ao Prêmio Marta de gol mais bonito no feminino
O projeto de Lei também prevê o fim da hereditariedade das cadeiras cativas do estádio. A partir da vigência da cessão à iniciativa privada, os donos das cadeiras terão que renovar suas carteirinhas anualmente, sob risco de perderem o benefício. Assim que os atuais titulares morrerem, os lugares voltarão a pertencer à administração do estádio, seja a FEL ou outra entidade que esteja com o contrato de cessão em vigência.