O técnico Claudinei Oliveira não escondeu a felicidade pela vitória do Santos por 1 a 0 sobre o Grêmio, na última quarta-feira, pelas oitavas de final Copa do Brasil, mas em especial pelo gol marcado por Gabriel. O jovem de 16 anos, tido como grande promessa do clube, entrou no segundo tempo, aproveitou cruzamento de Montillo e garantiu o resultado positivo na Vila Belmiro.
Mas a princípio Gabriel sequer seria relacionado para o confronto. Ele acabou indo para o banco porque Victor Andrade, seu colega de quarto nas concentrações, usou um descongestionante nasal vetado pela legislação antidoping. Para não testar positivo, foi tirado da partida. Gabriel, que apareceu na Vila Belmiro sem nem levar chuteira, para desejar boa sorte aos companheiros, foi chamado para ficar no banco.
"Comentei isso antes do jogo. Às vezes, o jogador chega em cima da hora, joga e faz o gol. A estrela dele brilhou, a minha também", disse Claudinei. O treinador contou que Gabriel treinou em dois períodos na terça-feira com os jogadores que não concentraram para o jogo e que não ficaria no banco se não aparecesse no vestiário para dar força para os companheiros. "A vontade dele de estar com o grupo, mesmo não sendo convocado, fez com que fosse para o jogo. Isso é coisa de Deus. Não tem outra explicação."
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Mesmo com opções mais experientes entre os atacantes que estavam no banco, como Willian José, Claudinei preferiu Gabriel, e após a partida explicou sua escolha. "Coloquei o Gabriel, porque achei que um jogador de área não seria interessante. Seria muito melhor ter jogadas pela lateral e fundo. Pelo jogo, seria até mais interessante um jogador mais alto, estava muito perigoso por causa da bola área do Grêmio. E no Gabriel, pensei nessa questão, pois o Neilton estava perdendo pela força física e na hora de segurar a bola."