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Desafios

Com pouco tempo para treinos, Tite aposta alto na 'gestão de pessoas'

Agência Estado
25 mar 2017 às 12:00

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- Lucas Figueiredo/CBF
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Ser apenas técnico é pouco. É preciso ser gestor de pessoas. Essa habilidade é uma das virtudes de Tite no comando da seleção brasileira, na opinião dos próprios jogadores do time. Em sete partidas nas Eliminatórias da Copa foram sete vitórias e atuações muito convincentes para quem tem pouquíssimo tempo para conviver e treinar o elenco antes de cada compromisso.

Os nove meses do treinador na seleção brasileira ofereceram a Tite o desafio de não ter o cotidiano de quem estava acostumado a trabalhar em clube. Os treinos diários, a chance de conversar com cada atleta e ter jogos em sequência fazem falta à rotina dele. Para solucionar essa pendência, o comandante procura telefonar para os jogadores e viajar a fim de acompanhar partidas em estádios, para se manter em contato com esse ambiente de competição.

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Quando fala com os atletas por telefone, Tite procura passar confiança, entender a forma como jogam no clubes e incentiva a busca por aperfeiçoamento físico, inclusive com a contratação de profissionais para auxiliar no condicionamento e na alimentação. "Os jogadores entenderam a necessidade de estar comprometidos. Todos se apresentaram à seleção muito bem, com baixíssimo porcentual de gordura", atestou o técnico.

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Nos dias de preparação para os jogos das Eliminatórias, Tite se preocupa bastante em se comunicar. Antes de enfrentar o Uruguai foram somente dois treinos com o elenco completo. A agenda apertada da seleção lhe obriga a investir em outras formas de ajeitar a equipe, não só com o trabalho de campo. "Conversamos muito para ficarmos organizados e aproveitarmos cada minuto dos treinos. Nossa seleção tem absorvido o que o Tite fala", disse o zagueiro e capitão Miranda.


O treinador considera o time ainda em formação, por ter apenas sete partidas oficiais disputadas. Se somados os dias de preparação para cada um desses compromissos pelas Eliminatórias, a seleção brasileira da era Tite tem menos de um mês de convivência. A comissão técnica entende que pelo pouco tempo juntos, ainda não conseguiu conhecer todas as características de cada jogador.

"O Tite já conseguiu passar bem o que ele queria. Apesar de alguns jogadores saírem, sempre quem entra consegue manter o padrão", ressalta o meia Renato Augusto, ex-comandado de Tite no Corinthians. Após a goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, o treinador afirmou que a maior satisfação da façanha era ter visto os atletas colocarem em prática a filosofia pedida. "No vestiário, todos comemoravam o desempenho e não o resultado. Os jogadores estão focados em jogar bem", disse.


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