Em uma noite mais do que inspirada, Hernane fez três vezes na goleada por 4 a 0 no clássico contra o Botafogo, no Maracanã, e classificou o Flamengo para a semifinal da Copa do Brasil. Léo Moura, que completou 35 anos nesta quarta-feira, também marcou e completou o presente para a torcida rubro-negra. O Rubro-Negro precisava de uma vitória simples para seguir na competição. O Alvinegro pouco soube fazer nos 90 minutos da partida e apenas viu a atuação do Fla.
Com os três gols no clássico, o camisa 9 chegou à marca de 31 gols na temporada e incríveis 14 tentos no Maracanã, além de ser o artilheiro do ano, ao lado de Magno Alves, do Ceará.
O Rubro-Negro encara Vasco ou Goiás, que enfrentam-se nesta quinta-feira. Porém, o primeiro duelo pelas semifinais ainda não tem data para ocorrer. Inicialmente, a CBF marcou os duelos para os dias 30 de outubro e 06 de novembro.
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PRIMEIRO TEMPO DO BROCADOR
O jogo, pela importância que tinha para ambas as equipe, não poderia ter um panorama diferente. A partida começou elétrica, com os dois times partindo pra cima, mas a primeira chance mais clara de gol veio nos pés de Paulinho. A investida rubro-negra deu um ânimo maior ao Botafogo, movimentando ainda mais o clássico.
A partir disso, o Alvinegro começou a ter mais domínio do jogo, a ficar mais no ataque do Fla, forçando o time de Jayme de Almeida a explorar os contra-ataques. Em uma dessas saídas, Paulinho achou Carlos Eduardo sozinho na área. Displicente, o camisa 20 poderia se redimir com a torcida, mas a função de artilheiro ficou mesmo com Hernane, que estava em noite inspirada.
Aos 20 minutos, o Brocador, em uma jogada de oportunismo abriu o placar. Depois do gol o Botafogo se acanhou e ele de novo, aos 33 minutos ampliou o placar. A maioria das jogadas rubro-negra originaram-se nas costas de Gilberto, lateral-direito do Botafogo, que ficou perdido na marcação de Paulinho.
O DIA ERA MESMO DO BROCADOR
O panorama no segundo tempo não alterou muito. O Flamengo não tomou conhecimento da vantagem e continuou indo pra cima, e a retaguarda de Gilberto continuou desguarnecida. Só aos dez minutos que o Alvinegro conseguiu pressionar o Flamengo no campo de defesa. Mas a noite dos dia 23 de outubro tinha nome e sobrenome. Hernane Vidal de Souza. Em um lindo cruzamento de André Santos, o Brocador não desperdiçou, enfraquecendo ainda mais o time de Oswaldo, que estava muito perdido em campo.
Em um contra-ataque rápido, Carlos Eduardo achou Hernane livre, sempre ele, que recebeu sozinho em velocidade na intermediária, e dentro da área, Dória chegou travando e foi expulso. Seria o quarto do Brocador, mas o presente veio para Léo Moura, aniversariante do dia. 4 a 0 sem esforço.