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Corrupção

Comissão pede que Fifa investigue reeleição de Blatter

BBC Brasil
07 mar 2012 às 16:50

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Uma comissão de políticos europeus pediu a Fifa, entidade que comanda e regula o futebol mundial, que investigue a reeleição de seu presidente, Joseph Blatter, ocorrida no ano passado, além de publicar documentos relacionados a suspeitas de corrupção.

Por meio de um esboço de resolução, a comissão de Cultura, Ciência, Educação e Mídia, que faz parte da assembleia parlamentar do Conselho da Europa, quer uma investigação para descobrir se alguém, e Blatter em particular, usou sua posição para obter vantagens pessoais e indevidas.

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"A Assembleia especificamente pede à Fifa que tome as medidas necessárias para lançar total luz sobre os fatos por baixo dos vários escândalos que, nos últimos anos, mancharam a sua imagem e a do futebol internacional", diz o texto da comissão.

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"A Assembleia insiste que a Fifa (...) abra uma investigação interna no sentido de determinar se, e em que extensão, durante a última campanha para o cargo de presidente, os candidatos, e particularmente o candidato vencedor, exploraram suas posições institucionais para obter vantagens indevidas para si ou para os eleitores em potencial", afirma a comissão.

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O esboço de resolução foi aprovado nessa terça-feira, em Paris, em uma reunião da comissão, cujo tema era "Boa Governança e Ética no Esporte". O Conselho da Europa é o órgão de fiscalização responsável por supervisionar a Corte Europeia de Direitos Humanos.


A comissão também ressaltou que a Fifa apresentou substanciosos aumentos de salário em seu quadro de funcionários nos últimos anos.

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Propinas


Blatter foi reeleito em junho de 2011, depois que seu opositor, Mohamed Bin Hammam, retirou sua candidatura após ser acusado de oferecer propinas de US$ 40.000 a 25 autoridades de futebol do Caribe, em troca de votos, três semanas antes do pleito. Em julho, ele foi considerado culpado e sofreu um banimento permanente do esporte.

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O presidente da Football Association (federação inglesa de futebol), David Bernstein, chegou a entrar com um recurso para adiar a eleição, mas não obteve sucesso.


Já as táticas de campanha de Blatter também foram questionadas, quando ele anunciou à Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) um financiamento extra de US$ 1 milhão.

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A resolução também pede à Fifa que publique na totalidade os documentos que tenham relação com o escândalo da empresa de marketing esportivo ISL, no qual quatro pessoas ligadas à Fifa teriam recebido propinas durante os anos 1990, relacionados a direitos de transmissão da Copa do Mundo.


Copa de 2014

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Enquanto isso, Blatter pediu para se reunir com a presidente Dilma Rousseff na próxima semana, para discutir as preocupações da Fifa relativas à organização da Copa do Mundo de 2014.


As relações entre a Fifa e o governo brasileiro ficaram tensas na última semana, depois que o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, deu declarações criticando a organização do Mundial e as autoridades do país, afirmando que o Brasil deveria levar um "chute no traseiro".


Depois disso, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, exigiu a saída de Valcke da função de interlocutor da Fifa nas negociações sobre a Copa do Mundo.

Tanto Valcke quanto Blatter se desculparam por escrito ao governo brasileiro depois do ocorrido. Em sua carta, no entanto, o presidente da Fifa deixa claro que o tempo está se esgotando e que o país deve acelerar os preparativos para a Copa.


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