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No Independência

Conmebol classifica como 'imperdoável' ação policial

LANCEPRESS
04 abr 2013 às 18:50

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O secretário-geral da Conmebol, José Luis Menszner, não poupou críticas aos ocorridos na noite da última quarta-feira no estádio Independência, em Belo Horizonte. Após o término da partida entra Atlético-MG e Arsenal de Sarandí, em que o time alvinegro venceu por 5 a 2, jogadores e membros da comissão técnica da equipe argentina entraram em confronto com a Polícia Militar de Minas Gerais, responsável pela segurança do evento. Os policiais foram alvos de garrafas d'água e cadeiras, arremessadas de dentro do vestiário dos visitantes. Alguns jogadores do Arsenal chegaram a agredir as autoridades, e as trocas de agressões tornaram constantes durante longos minutos.

Em entrevista concedida na tarde desta quinta-feira, José Luis classificou a atitude dos policiais brasileiros como 'imperdoável' nos minutos que sucederam o fim do jogo. - O que a polícia do Brasil fez ontem (quarta) à noite aos jogadores do Arsenal é imperdoável e incompreensível, e não se pode repetir. No entanto, nós não podemos garantir, de maneira séria e responsável, que isso não voltará a acontecer, porque temos limitações - falou o sub-secretário, à agência estatal de notícias argentina, 'Télam'. Menszner ainda acrescentou:

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- O ocorrido ontem no Brasil foi um caso de má aplicação das medidas de segurança, porque o que a polícia local fez foi um ato antinatural para uma sociedade moderna - disse.

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Para o sub-secretário, o episódio no Estádio Independência não pode passar em branco. - As punições aplicadas nos tribunais agora serão publicadas para que todo mundo saiba do que se trata e são muito severas. Os dois exemplos mais notórios são os castigos ao campeão Corinthians, pelo sinalizador que matou um menino na partida contra o San José, em Oruro, e ao Vélez Sarsfield, depois dos incidentes protagonizados por seus torcedores no estádio Centenário, no jogo contra o Peñarol - lembrou.

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Em contato com o Lance!Net, Hildo Nejar, representante brasileiro na Conmebol, revelou que ainda não é possível prever uma possível punição ao Arsenal de Sarandí, nem mesmo se o Atlético-MG seja prejudicado de alguma maneira.


- Ainda não podemos nos pronunciar. Precisamos aguardar a súmula do jogo e o relatório do delegado da partida. Após isso, procurador ou o auditor irá analisar os documentos e até mesmo as imagens do ocorrido e encaminhar para o Tribunal Disciplinar. Eles (Tribunal) é que decidirão sobre possíveis penalidades - contou, Hildo, antes de destacar a importância do Tribunal Disciplinar na avaliação do ocorrido e na rápida resoluçao do acontecido:


- A criação desse Tribunal, neste ano, facilita uma punição para qualquer caso. Antes, era o Comitê Executivo que julgava, o que fazia qualquer decisão demorar. Até mesmo um julgamento por vídeoconferência. Tudo para facilitar uma decisão - finalizou.

Após a confusão generalizada na última noite, a delegação do Arsenal de Sarandí só retornou para a Argentina na manhã desta quinta-feira. Oito jogadores do plantel do Arsenal foram acusados pelos crimes de desacato à autoridade, danos ao patrimônio e lesão corporal. Os condenados tiveram que pagar uma multa no valor de R$38 mil ao Ministério Público, quantia esta que foi emprestada pelo próprio Atlético-MG.


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