Corinthians e Santos são os finalistas do Campeonato Brasileiro 2002. O Timão bateu o Fluminense de virada por 3 a 2, no Morumbi. No Olímpico, em Porto Alegre, o Peixe perdeu para o Grêmio por 1 a 0, mas ficou com a vaga por ter vencido a primeira partida por 3 a 0.
A disputa do título começa no domingo. O local do jogo ainda não está definido - o Santos quer jogar na Vila Belmiro, mas o Corinthians tentará levar a partida para o Morumbi, alegando que a Vila não tem condições de segurança para a disputa da final. O Timão joga por dois empates para ser campeão pela quarta vez. O Santos busca um título inédito.
Corinthians e Fluminense fizeram o jogo mais emocionante da fase final do Brasileirão 2002. Precisando vencer para se classificar, o alvinegro começou mal a partida. A equipe tinha mais volume de jogo, mas o Fluminense contra-atacava com perigo. E foi num contra-ataque, aos 20 minutos, que o tricolor abriu o placar. Roni recebeu na entrada da área, após falha do zagueiro Scheidt, e tocou na saída do inseguro Doni - 1 a 0.
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O gol abalou ainda mais o Corinthians, e o Fluminense perdeu boas chances de ampliar o marcador nos minutos seguintes. Mas, quando o Timão estava vendido em campo, o Sobrenatural de Almeida, célebre definição do tricolor Nelson Rodrigues, entrou em campo. Após correr tentando alcançar um lançamento, Romário sentiu uma contusão e saiu.
Com os nervos no lugar, o Corinthians começou a levar perigo. E, numa boa jogada pela direita, aos 35 minutos, Rogério cruzou para Gil, que cabeceou com categoria para empatar. Até o final do primeiro tempo, o Timão ainda criaria boas chances para desempatar.
No intervalo, mais uma do Sobrenatural de Almeida - o goleiro Kléber, destaque do time nas últimas partidas, sentiu a perna. E Murilo, contestado pela torcida do Flu, foi para o jogo.
O Fluminense voltou melhor. Tocando a bola, o time envolveu o Corinthians, e levou perigo nos contra-ataques. Mas Gil desequilibrou. Aos 13 minutos, ele roubou a bola na intermediária e, na área, serviu bem o lateral esquerdo Kléber. Na linha de fundo, ele serviu Guilherme na medida, e o atacante bateu de virada - 2 a 1.
Com o gol, a situação virou. Nervoso, o Flu passou a ser envolvido pelo Timão. Tocando bem a bola, o time de Parreira ampliou aos 30 minutos - Fabrício entrou pela direita em velocidade e, da linha de fundo, bateu para trás. Guilherme, no meio da área, fulminou rasteiro - 3 a 1.
Mas estava tranqüilo demais para ser um jogo do Corinthians. E, aos 37 minutos, após falha do meio campo corinthiano, Roni, entrou pela esquerda, bateu, rebateu e a bola passou pelo meio das pernas de Doni - 3 a 2. O Flu reanimou-se com o gol, mas o tempo era pouco, e o Timão soube tocar bem a bola para gastá-lo.
Em Porto Alegre, o Santos soube administrar bem a pressão do Grêmio, que precisava marcar três gols para classificar-se. Os gaúchos pressionaram o jogo todo, mas não chegaram a levar muito perigo. Tanto que a melhor chance de gol no primeiro tempo foi do Santos - Léo arrancou pela esquerda, invadiu a área e cruzou para Elano, que chutou para fora com o gol vazio.
No segundo tempo, o Grêmio manteve a pressão. Rodrigo Fabri acertou belo chute de fora da área, que passou raspando. Ele marcaria, minutos mais tarde, o único gol da partida, num chute esquisito, no ar, após cruzamento de Rodrigo Mendes. A vitória, apesar de insuficiente para dar a vaga na final ao Grêmio, garantiu à equipe o terceiro lugar no Brasileirão, que rendeu aos gaúchos uma vaga na Taça Libertardores da América em 2003.