O Corinthians divulgou nota oficial nesta terça-feira para explicar como pretende erguer o seu futuro estádio e, de forma indireta, rebateu as críticas que sofreu por causa de possíveis benefícios que poderá receber do poder público para a construção do local, no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo. A arena corintiana, cujas as obras ainda estão em fase inicial, foi escolhida para ser o palco de São Paulo na Copa do Mundo de 2014.
O clube nega que esteja sendo privilegiado com "um enorme pacote de isenções", que é objeto do Projeto de Lei (PL) que deverá ser votado nesta semana pela Câmara dos Vereadores de São Paulo. Para justificar a sua posição, o Corinthians enumerou itens, listando perguntas e respostas, e disse que o incentivo fiscal que receberá "consiste em isentar do ISS (Imposto Sobre Serviços) os serviços de construção do estádio" e não é uma exclusividade dada ao clube.
"Esta isenção, na verdade, é concedida aos serviços de construção (ou reforma) pelas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, inclusive Porto Alegre e Curitiba, nas quais os titulares dos estádios são privados (Internacional e Atlético-PR, respectivamente). Isentar do ISS os serviços de construção foi um compromisso assumido pelas 12 cidades-sede perante a Fifa, em documento chamado ''Matriz de Responsabilidades'', que conjuga uma série de obrigações impostas pela Fifa, em todas as Copas do Mundo, como condição a todas as cidades (e Estados) que pretendem sediar o evento", afirma o trecho da nota publicada pelo Corinthians, que depois diz que, com isso, "São Paulo está apenas cumprindo a obrigação assumida pelo município perante a Fifa".
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Já ao comentar sobre os incentivos financeiros que receberá, o Corinthians primeiro fala sobre os "tais R$ 420 milhões" que servirão para a construção do seu futuro estádio, enfatizando que o benefício não é apenas para este fim, mas também para o "desenvolvimento da zona leste, a menos desenvolvida de São Paulo", onde estará localizado a futura arena corintiana.
No comunicado que divulgou, o clube esclareceu que os "Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) existem na legislação de São Paulo desde 2005 (Lei nº 14.096, de 8 de dezembro de 2005, alterada pela Lei nº 14.256, de 29 de dezembro de 2006), quando foram criados como mecanismo ao desenvolvimento da Região da Luz (anos antes, portanto, da própria confirmação da realização da Copa do Mundo no Brasil)". E o Corinthians explicou também que "especificamente na zona leste, na área onde está sendo construído o novo estádio, os CIDs existem desde 2007, por ocasião da edição da Lei nº 14.654, de 20 de dezembro de 2007".
ABERTURA - Para encerrar o seu comunicado, o Corinthians afirmou que seu projeto inicial previa a construção de um estádio para 48 mil pessoas, mas, como São Paulo luta para receber a abertura da Copa do Mundo, o clube precisará de recursos extras para erguer um palco para 65 mil expectadores, capacidade mínima exigida pela Fifa para o jogo que abre um Mundial.
"A concessão dos CIDs permitirá ao Corinthians absorver o aumento de custos derivado da modificação do projeto originalmente previsto, necessário a que São Paulo possa sediar a abertura da Copa e, com isso, obter enormes incrementos de receita tributária, ganhos urbanísticos à zona leste e projeção internacional única", finaliza a nota oficial.
Além da defesa pública via nota oficial no site, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi nesta terça-feira ao Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, para pedir pela aprovação do projeto que prevê incentivos fiscais do município para a construção do estádio.