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Defesa quer escolta policial para Bruno poder treinar

Agência Estado
28 fev 2014 às 18:23

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A defesa do goleiro Bruno Fernandes quer que o governo mineiro providencie escolta para que o atleta possa participar de treinos e jogos pelo Montes Claros Futebol Clube. O jogador foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo sequestro e assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio e esta seria a forma prevista em lei de ele deixar a cadeia para atuar pelo time, com o qual assinou contrato nesta sexta.

Bruno cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nesta sexta os advogados do atleta levaram o contrato ao presídio para o atleta assinar. O nome do goleiro já foi incluído no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, o que lhe dá condições de atuar pelo clube do norte de Minas, que disputa o módulo II do Campeonato Mineiro.

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De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a defesa do goleiro também apresentou pedido para que ele seja transferido para Montes Claros, mas a solicitação ainda terá que ser analisada pelo Judiciário. O TJMG negou que tenha sido feito pedido para que o goleiro exerça trabalho externo.

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O advogado Francisco Simim garante que encaminhará o pedido à Justiça, mas acredita que o caso só será analisado após o carnaval. Isto porque a solicitação ainda terá que ser encaminhada para o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Montes Claros, caso o goleiro tenha autorizada a transferência para um presídio daquele município.

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"Ele já cumpriu um sexto da pena", observou Simim, referindo-se à possibilidade de seu cliente ter a progressão da pena para o regime semiaberto. "Mas mesmo sem a progressão ele pode sair escoltado e voltar para a prisão", acrescentou.


Bruno já teve diversos advogados diferentes desde que foi preso acusado da morte de Eliza, em 2010, e outros defensores do atleta já articularam assinaturas de contratos com clubes de futebol para tentar tirar o atleta da cadeia.

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A Lei de Execuções Penais prevê que o trabalho externo é admitido para presos em regime fechado desde que tenha sido cumprido um sexto da pena e "desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor de disciplina". O benefício é revogado se o preso cometer outro crime ou falta grave, como a briga que o jogador teve dentro do presídio, que o levou a ter suspenso o trabalho que exercia na penitenciária.


A reportagem tentou falar com o presidente do Montes Claros Futebol Clube, Vile Mocellin, mas ele não foi encontrado. O time divulgou nota confirmando que o presidente "foi em busca do atleta e conseguiu enfim trazê-lo para o clube".

A nota informa que Bruno foi examinado por um médico que atestou que o atleta está apto a voltar a jogar. O contrato tem validade por cinco anos e prevê salário de R$ 1.430 para Bruno e multa rescisória de R$ 2,86 milhões. Quando foi preso, o goleiro atuava pelo Flamengo e recebia cerca de R$ 250 mil mensais, somando o salário pago pelo clube e complemento de patrocinador.


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