Fora das últimas convocações da seleção brasileira, o zagueiro Thiago Silva não deve voltar tão cedo a vestir a camisa amarela. Pelo menos foi isso que indicou nesta terça-feira o técnico Dunga, que criticou a postura do jogador em algumas de suas aparições na imprensa.
Desde que o treinador voltou ao comando da seleção, após a Copa do Mundo de 2014, Thiago Silva foi protagonista de pelo menos duas declarações controversas à imprensa. Primeiro, lamentou por ter perdido a faixa de capitão ainda no fim daquele ano. Depois, já em 2015, reclamou de sua ausência em uma convocação e de não ter recebido nenhuma satisfação de Dunga.
"Eu não posso falar com jogador através da imprensa. E para o jogador é a mesma coisa, não pode fazer. Então, tem que falar para mim. Dou total abertura, apesar do que todos falam. Eu não quero ter razão, quero ganhar. Quero ouvir, que se baseiem em fatos concretos e que vão ajudar a seleção, não individualmente", disse o técnico em entrevista ao Esporte Interativo.
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Thiago Silva perdeu espaço desde que Dunga reassumiu o comando da seleção. Só voltou a ser convocado quatro meses após a Copa do Mundo e logo foi para a reserva, o que, consequentemente, lhe tirou a faixa de capitão. Até retomou a titularidade, mas errou na Copa América do ano passado, ao cometer pênalti bobo na partida diante do Paraguai que selou a eliminação brasileira, e não foi mais chamado.
"Jogador do nível de seleção tem que assumir as responsabilidades quando erra. No Brasil, a gente gosta de falar que o treinador tem que ser o paizão. Para isso, eu já tenho meus filhos em casa. Eu trato eles como homens, profissionalmente. Trato com respeito", comentou.
A postura de Thiago Silva fez Dunga concluir que o jogador não lidaria bem se fosse convocado para ficar na reserva da seleção. E o treinador acredita que neste momento o zagueiro do Paris Saint-Germain não está em condições técnicas de ser escalado entre os 11 titulares.
"É um jogador que se trouxermos para ficar na reserva, não vai ficar contente. Quando estiver em ótima forma e formos trazer para jogar, não tem problema. Mas também pensamos no futuro da seleção, então trazemos o Marquinhos que pode jogar na seleção olímpica, por exemplo", explicou. "Você tem que formar uma seleção. Não pode ter cinco jogadores experientes sem jogar. Alguns, quando vem, tem que jogar."