Faltando um mês para o início das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, Dunga fez mistério nesta segunda-feira e não revelou qual será a escalação para o amistoso contra os Estados Unidos, nesta terça, em Boston. O técnico afirmou que está em dúvida quanto ao time: não sabe se vai escalar uma equipe para vencer ou se vai aproveitar a oportunidade para fazer mais testes.
"A primeira observação nossa vai ser depois do treinamento, conversar com os jogadores para ver o desgaste. A segunda observação faremos com a comissão, para jogar um time que vai para ganhar ou para experimentar novos atletas", declarou o técnico, nesta segunda.
Apesar de defender a opinião de que alguns atletas ainda precisam ser testados, o técnico reclamou que, independentemente do desempenho durante o jogo, o resultado será o norte das avaliações sobre o grupo. "Seria bom que as pessoas envolvidas no futebol pensassem que estamos com um time em formação e que olhassem além do placar. Se tivéssemos mais paciência nas análises, teríamos rendimento ainda melhor de alguns jogadores."
Leia mais:
Jogadora do Corinthians bate o carro, atropela mulher, tenta fugir e é impedida de deixar local
Luxemburgo diz que não quer mais ser treinador e explica motivo
STF tem cinco votos para manter prisão do ex-jogador Robinho
Vini Jr erra pênalti, e Brasil cede empate para Venezuela
Uma das mudanças que Dunga pretendia realizar na atividade no Gillette Stadium era a entrada de Kaká como "falso 9" no lugar de Hulk. A ideia não pôde ser concretizada porque o meia do Orlando City ficou no hotel após sentir um desconforto muscular.
"Minha ideia fixa é que temos que observar alguns jogadores que não tiveram muitas chances. Mas ainda temos de levar em conta o que é cobrado de nós a todo momento. Temos que ponderar isso bastante. Precisamos experimentar novos jogadores. Alguns vieram e tiveram chances, outros ainda não. Temos que pensar bem para traçar a nossa meta para esse jogo", completou o treinador.
Dos 23 convocados para os dois amistosos, 17 entraram em campo no último sábado, em Nova York, diante da Costa Rica. Seguindo o pensamento do técnico, Alisson, Douglas Santos e os titulares Lucas Lima e Danilo podem ganhar mais chances. Reservas não utilizados como Filipe Luis, Roberto Firmino e Jefferson estiveram no grupo da Copa América e devem ter menos oportunidades.
Sobre a seleção adversária, Dunga exaltou os resultados recentes dos norte-americanos, que venceram a Alemanha, por 2 a 1, e a Holanda, por 4 a 3. "Se repetirem isso, será um grande teste. Para alguns foi surpresa a forma de jogar compacta, de marcação, mas para outros, não. Eles têm paciência de esperar o adversário errar para armarem o contra-ataque."
No último jogo, Neymar jogou apenas os 10 minutos finais, substituindo Douglas Costa. Após a entrada do craque, Miranda, que até então estava com a faixa de capitão, tratou de passá-la ao camisa 10. Dono da braçadeira na conquista do tetracampeonato em 1994, Dunga não se mostrou surpreso, afirmando que a ação do zagueiro foi "uma lição de humildade, respeito. Com a faixa ou sem a faixa, será um líder. Totalmente desprovido de vaidade. Isso me agradou e não é surpresa em se tratando do Miranda."