Quando o aluno chega na sala de aula com a lição de casa bem feitinha, sem rasuras ou imperfeições, ganha pontos-extras com a professora.
No Londrina, a história anda pelo mesmo caminho. Já reprovado na estréia da Série B do Campeonato Brasileiro 3 a 2 para o São Raimundo, em Manaus o Tubarão não quer repetir no mesmo ponto da cartilha.
Nesta sexta-feira, às 20h30, contra o CRB, no Estádio do Café, o time quer fazer a lição de casa e conquistar a confiança do exigente colegiado da cidade a torcida.
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O técnico Roberto Fernandes sabe muito bem disso. Durante a semana, em treinos táticos ou coletivos, ele fez questão de frisar à exaustão a importância de vencer em casa.
Num campeonato, já forjado pela manutenção do fator campo, Fernandes quer evitar ao máximo a ingrata missão de recuperar pontos em terreno inimigo.
''Temos que fazer o fator casa prevalecer. Qualquer resultado além da vitória será considerado um resultado negativo'', afirmou o treinador, logo após o coletivo-apronto de quinta-feira que definiu a formação do time titular.
Sem o triângulo ''mágico'', Márcio Alan, Marcelo Silva e Paraguaio, destaques absolutos na campanha do Tubarão no Campeonato Paranaense lesionados, os três estão entregues ao departamento médico Fernandes, um pouco contrariado, teve que abrir mão da velocidade no setor ofensivo.
Sem muitas opções, optou por dois atacantes de área, Fábio Zeni e Anderson Lobão, jogadores de pouca movimentação. ''Temos que trabalhar com o elenco disponível no momento'', resignou-se.
Autor do primeiro gol na derrota em Manaus, Fábio Zeni quer aproveitar essa nova oportunidade.
No Paranaense, chegou a ser titular ao lado de Paraguaio, conquistando a confiança do treinador.
''Acho que será o jogo da minha afirmação dentro do grupo. Vou procurar fazer na partida aquilo que o atacante tem a obrigação de fazer: gol'', disparou, sem prometer balançar as redes do Café.
Sem a formação que considera ideal, Fernandes provavelmente passará por momentos de tensão e nervosismo no decorrer do jogo.
No coletivo de quinta-feira, quando os titulares venceram por 3 a 1, o sistema de articulação de meio-campo foi pouco produtivo. O ataque, pouco municiado, incomodava raramente o goleiro Serginho.
Na opinião do meia-ofensivo Valdeir, jogador extremamente valorizado por Fernandes, a falta de entrosamento é o principal causador na fraca produtividade ofensiva durante os treinos.
''Só fizemos um jogo juntos e não tivemos tempo suficiente para entrosar. Mas independente de quem for escalado, quem jogar na frente precisa ter personalidade... Tem que ir pra cima dos caras'', receitou.
Dúvida no começo da semana, o lateral-direito Jamur foi liberado pelo departamento médico. Uma entorse no ligamento colateral do joelho esquerdo quase o tirou do compromisso contra o CRB.
No apronto, seguindo orienteções médicas, só treinou 25 minutos. ''Joguei pouco, mas o suficiente para recuperar a confiança. O importante é que não sinto mais dores'', disse.
Logo após o fim do coletivo, Fernandes deixou no ar a possibilidade de premiar com a titularidade o meia-ofensivo Zaltron, autor de três gols no apronto. Se a suspeita se confirmar, o meia Fumaça, que atuou como atacante na derrota em Manaus, será o sacrificado.