O Santos entrou com recurso contra a sentença do juiz Pérsio Luís Teixeira de Carvalho, da 4ª Vara do Trabalho de Santos, que autorizou a rescisão do contrato do atacante Leandro Damião em função de quatro meses de salários e dez meses de direitos de imagem em atraso. A sentença foi proferida na última semana, mas o clube não se conformou em perder os direitos federativos e econômicos de seu ex-camisa 9, atualmente emprestado ao Cruzeiro.
Em comunicado publicado no site oficial, o clube cogita levar o "caso Damião" às últimas esferas da Justiça brasileira e cita "Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, e possivelmente, no Supremo Tribunal Federal". O Santos trata a vitória judicial de Leandro Damião como "êxito parcial", mas avisa que o contrato só será cancelado quando a decisão transitar em julgado.
"Pelo vulgo popular "ganhou mas não levou, por ora". Segundo informações, o Santos utilizará todos os recursos cabíveis: embargos declaratórios, recurso ordinário, agravos, etc. Ao final de todos os recursos, com o trânsito em julgado, a decisão deverá ser cumprida integralmente", afirma a nota oficial publicada nesta segunda-feira.
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Entre esta segunda e terça, como informou o LANCE!, os advogados de Damião irão apresentar embargos de declaração ao magistrado. Isso significa que os representantes do jogador querem esclarecimentos a respeito da sentença e pretendem fazer com que o Santos pague R$ 13 milhões em relação aos salários até 2018 e mais cerca de R$ 1,8 milhão dos direitos de imagem atrasados deste ano - o juiz considerou que o Santos não deveria pagar esses valores, pois Damião está emprestado à Raposa.
Damião foi comprado pelo Santos por R$ 42 milhões, com aporte do fundo de investimentos Doyen Sports. No acordo, o Alvinegro teria que ressarcir os investidores em cinco anos, com juros de 10% ao ano, caso o jogador não fosse vendido até o fim do vínculo.