O técnico Alex Ferguson voltou atrás das críticas que havia feito no sábado, direcionadas ao seu zagueiro Rio Ferdinand, por este ter se recusado a vestir uma camisa contra o racismo no futebol. O todo poderoso do Manchester United indicou ter entendido a postura política do defensor, que desejava protestar contra a falta de atuação da entidade que visa acabar com o racismo no esporte.
O episódio aconteceu antes do jogo contra o Stoke, vencido pelo Manchester por 4 a 2. Todos os jogadores do Campeonato Inglês deveriam entrar em campo na rodada usando uma camiseta da "Kick It Out" ("chute isso longe, em tradução literal), mensagem da campanha contra o racismo. A única exceção do Manchester foi Ferdinand, exatamente um dos líderes desta luta.
Ferguson, no mesmo dia, afirmou que estava chateado e desiludido com Ferdinand. Nesta segunda, o treinador voltou atrás. "Foi um problema de comunicação. Ele achou que eu deveria ter falado com ele na sexta (sobre usar a camiseta) e eu obviamente não sabia que ele tinha um problema em usar a camiseta", disse o escocês, que disse já ter resolvido todos os problemas com o zagueiro.
Ferdinand, como outros diversos jogadores do Campeonato Inglês, boicotaram a campanha Kick It Out como forma de protesto pela falta de uma ação mais dura da organização em casos de racismo. Entre as críticas estão as punições brandas a Suárez (do Liverpool) e Terry (do Chelsea) - este ofendeu com palavras racistas o irmão de Rio Ferdinand e levou quatro jogos de gancho.