A Arena da Baixada será o último dos 12 estádios da Copa do Mundo a ficar pronto. Ao confirmar Curitiba como sede da competição, em entrevista coletiva nesta terça-feira em Florianópolis, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, revelou a nova previsão de entrega do estádio do Atlético-PR na capital paranaense: dia 15 de maio.
Até então, o último estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo no Brasil seria o Itaquerão, em São Paulo, cuja entrega das obras está prevista para acontecer no dia 15 de abril. No estádio do Corinthians, porém, houve um atraso de três meses no cronograma por causa do acidente que provocou a morte de dois operários no final de novembro.
"Em 15 de maio teremos, sim, um estádio que não precisará de testes, um estádio que pode sediar um jogo da Copa imediatamente", revelou Valcke, sendo que o primeira partida do Mundial programada para acontecer na sede de Curitiba será no dia 16 de junho (Irã x Nigéria). "Haverá atrasos, mas teremos o estádio pronto para Copa."
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Segundo relato feito nesta terça-feira pelo secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, a Arena da Baixada não ficaria pronta a tempo de receber a Copa caso fosse mantido o ritmo das obras do mês passado. Em janeiro, Valcke fez uma vistoria no estádio e, preocupado com o atraso, ameaçou excluir Curitiba da competição.
Diante dessa ameaça, o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba passaram a atuar mais ativamente junto com o Atlético-PR, proprietário do estádio, na condução da reforma. Assim, houve um aumento no efetivo de operários e a busca por mais recursos financeiros para a obra. Com isso, a Fifa resolveu bancar a Arena da Baixada.
"É fundamental que as obras sejam mantidas nos níveis exigidos e que seja dada continuidade ao esforço conjunto de todas as partes envolvidas em Curitiba", avisou Valcke, ao confirmar nesta terça-feira a sede paranaense. "Estamos contando com o compromisso firmado pelo Atlético-PR, pela cidade de Curitiba e pelo Estado do Paraná."
Segundo Luis Fernandes, foram adotadas três medidas após o alerta de janeiro: mudança na gestão da obra, com maior participação governamental; intensificação do ritmo da obra, aumentando o número de trabalhadores; resolução do problema do fluxo de caixa, com R$ 38 milhões para regularização e a viabilização de garantias financeiras.
"Estamos muito satisfeitos que o plano de três medidas acordado entre as partes esteja funcionando e que todos os envolvidos em Curitiba estejam trabalhando juntos num só ritmo e no rumo certo", declarou Luis Fernandes. "É excelente ver o progresso significativo que foi feito. A própria imagem visual do estádio hoje é bem diferente."