Em sua apresentação como jogador do Atlético-MG, Ronaldinho Gaúcho disse que o Flamengo era passado, que ele pretendia virar a página. Mas para os dirigentes rubro-negros o craque ainda é mais do que presente. Os cartolas da Gávea tiraram os esqueletos de Ronaldinho do armário do Ninho do Urubu e declararam abertamente a guerra contra o atacante.
Na luta para suspender a liminar que liberou o jogador para assinar com o clube mineiro, o Flamengo começa a divulgar os vários atos de indisciplina cometidos por Ronaldinho em sua passagem de 17 meses pelo time carioca. Além do vídeo, que circula desde a noite de segunda-feira, que mostra o antigo capitão flamenguista pernoitando no quarto de uma mulher durante a pré-temporada, em Londrina, existe um exame de sangue que aponta que Ronaldinho apareceu para treinar certa vez alcoolizado.
O vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, confirmou que o clube detém o documento e que ele será utilizado na tentativa de reverter a decisão que obriga o clube a pagar mais de R$ 40 milhões ao craque. A rescisão por ordem judicial foi publicada nesta terça-feira no registro de atletas da CBF, mas o novo contrato com o Atlético-MG não foi registrado na entidade e Ronaldinho está fora do jogo dos mineiros com o Bahia, na quarta.
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"O exame constatou álcool no sangue do Ronaldinho. Acho que ele nem sabia do resultado. Isso está comprovado e é prova mais do que clara", atestou De Piro. "Certamente será usado. É mais uma prova inequívoca do comportamento inadequado dele. O fato de ter sido encontrado álcool no sangue dele é algo bastante grave. Estamos levantando as provas. É o exame, o vídeo. Vamos jogar com todas as forças", ameaçou.
O Flamengo iniciou na sexta-feira o contra-ataque à rescisão unilateral obtida por Ronaldinho na Justiça. O primeiro passo foi comunicar o Palmeiras de que tinha informações de um contato do clube paulista com o jogador antes do rompimento e ameaçava buscar sanções. "Era um alerta, um aviso para que o Palmeiras não o contratasse. Tínhamos a notícia de que eles conversavam com o Ronaldinho", contou De Piro.
Os rubro-negros não têm conhecimento de que os atleticanos negociavam com o atacante antes de sexta-feira, mas prometem investigar. "Por enquanto ainda não temos nada, mas estamos investigando", disse o vice jurídico, que promete até mesmo convocar os jogadores rubro-negros para depor no processo contra o antigo companheiro.