O Ituano mostrou porque tem a melhor defesa do Campeonato Paulista, parou o potente ataque do Santos - o mais positivo da competição - e largou em vantagem na final da competição neste domingo. No Pacaembu, o time do interior completou o quinto jogo seguido sem levar gols, venceu por 1 a 0 e terá a vantagem de jogar por um empate na partida de volta da decisão, novamente no Pacaembu, domingo que vem.
Com uma forte marcação pelos lados do campo e na intermediária, o Ituano parou os principais criadores de jogadas do Santos: Thiago Ribeiro, Gabriel e Geuvânio. A equipe santista teve seus melhores momentos nas jogadas de bola parada. Na principal delas, Cícero isolou cobrança de pênalti, ainda no primeiro tempo.
A forte marcação do Ituano foi superior desde o início. O Santos tinha muita dificuldade para escapar da defesa adversária e o jogo começou morno. O primeiro chute foi do time do interior, aos três minutos, quando Dick arrancou de longe, pelo lado direito, e parou em Aranha.
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Tentando mudar o panorama, o Santos apertou a marcação e passou a controlar a posse. A equipe intensificava o ataque pela direita, por onde caia Geuvânio. Mas teve boa chance pela esquerda, por onde Leandro Damião recebeu sozinho, entrou na área, mas, sem confiança no pé esquerdo, cruzou de direita, mal, em cima do goleiro.
O primeiro chute santista saiu apenas aos 19 minutos, quando Thiago Ribeiro recebeu na intermediária, abriu e arriscou por cima. Mas na primeira grande oportunidade do jogo, o Ituano abriu o placar. Aos 20, Esquerdinha recebeu na intermediária e, com belo toque, encobriu a zaga, achando Cristian sozinho na área. O meia esperou a bola pingar e emendou um chutaço, no canto direito de Aranha, que sequer foi na bola.
Atrás no placar, o Santos apertou o ritmo e só era parado na base das faltas. Em duas delas, Cícero levou perigo. Mas seria em cobrança de pênalti que o meia teria sua melhor oportunidade. Aos 32 minutos, a bola tocou no braço de Josa dentro da área e o árbitro Rodrigo Guarizo do Amaral marcou pênalti. Cícero foi para a bola, mas jogou por cima.
Anderson Salles, em cobrança de falta, chutou perto do gol de Aranha, mas o final do primeiro tempo foi todo do Santos, que voltou a chegar aos 43, quando Geuvânio recebeu pela direita e tentou de fora da área, com perigo. As chances santistas saiam em chutes de longe, já que a marcação do Ituano impedia a chegada na área.
O Santos voltou para o segundo tempo novamente no ataque e quase marcou logo aos seis minutos, quando Vágner falhou após cruzamento de Cícero, mas se recuperou antes da chegada de Gabriel. Era pouco para os santistas e, por isso, Oswaldo de Oliveira promoveu a entrada de Rildo na vaga do próprio Gabriel.
A equipe foi para frente, mas sem causar dores de cabeça ao adversário. Pelo contrário, o Ituano foi quem criou a primeira grande chance da segunda etapa. Rafael Silva recebeu lançamento completamente livre, dentro da área, mas finalizou mal, em cima de Aranha. Leandro Damião, de cabeça, respondeu na sequência, mas parou em Vagner.
O Santos tinha muita dificuldade em criar e aos poucos o nervosismo começou a tomar conta da equipe. Ao contrário do que aconteceu na semifinal contra o Penapolense, quando a pressão nos últimos minutos definiu a vitória santista, desta vez a equipe sequer conseguia de fato exercer essa superioridade técnica e pouco levava perigo ao gol adversário. Ao Ituano sobrou vontade para deixar o Pacaembu em vantagem.