Nos rostos, eles ainda mantêm características inconfundíveis da idade: espinhas e aparelho ortodôntico. Mas ao entrar na pista eles dão mostras de que o atletismo no Brasil está repleto de talentos.
No Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo Juvenil realizado neste fim de semana na Universidade Estadual de Londrina (UEL) os atletas baixaram tempos, classificaram-se para competições importantes e ainda arranjaram tempo para serem, simplesmente, adolescentes.
A equipe de São Paulo, a maior delegação, ficou com o primeiro lugar na classificação final, com 54 medalhas. Em segundo, ficou a equipe do Rio de Janeiro com 29 medalhas e em terceiro, Santa Catarina, com 13 medalhas. O Paraná ficou com a oitava colocação, com oito medalhas (três de prata e cinco de bronze). Ao todo, participaram atletas de 17 estados.
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A competição foi uma oportunidade para que os atletas juvenis e menores (até 17 anos) buscassem os índices para as duas competições internacionais mais importantes do ano: o Pan Juvenil, que ocorre em julho, em Barbados; e o Mundial de Menores (até 17 anos), em Sherbrooke (Canadá), também em julho.
Nesta etapa da 33 edição da competição, os flashes brilharam mais forte para o carioca Jorge Célio da Rocha Sena, 18 anos. Ele pulverizou seus oponentes cravando 10s35 nos 100 metros rasos, na manhã de sábado, e tornou-se o recordista sul-americano da prova mais famosa do atletismo. O recorde anterior, 10s40, vigorava há 20 anos e pertencia a Robson Caetano, um dos maiores nomes do atletismo nacional.
Sena diz que quando ouve o tiro de largada esquece tudo e só pensa em correr, quase sempre mais do que seus oponentes. Nos dois dias de disputas, ele faturou quatro medalhas de ouro. Tímido, o atleta que começou a correr aos 13 anos na cidade de Bento Ribeiro (RJ) disse que ''esperava um bom tempo mas mais para frente''. Com o resultado, o velocista confirmou índice para o Campeonato Pan-Americano Juvenil.
Leia cobertura completa na edição desta segunda-feira da Folha de Londrina.