Um grupo de 17 torcedores envolvidos na barbárie da Arena Joinville, no último ano, ganhou liberdade provisória após decisão assinada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Luciana Malgarin, na tarde da última segunda-feira. Os torcedores saíram do presídio de Joinville já na noite da segunda, em uma van, que parou numa rua próxima ao presídio e os torcedores encontraram com seus parentes, de acordo com o Diário Catarinense.
A juíza Luciana Malgarin entendeu que a manutenção da prisão dos envolvidos até a realização da audiência - "que sequer foi aprazada, afigura-se desproporcional". Tal situação, segundo a juíza, evidencia "que inevitavelmente ocorrerá excesso de prazo na formação da culpa, o que reforça o entendimento pela necessidade de revogação da preventiva, sendo necessário aguardar-se sua ocorrência, para só então impor-se uma solução."
Ainda de acordo com Malgarin, o requisito de ameaça à ordem pública acabou, devido ao tempo em que os torcedores ficaram presos - cerca de um mês -, visto que foi "restabelecida a paz social e apaziguado o sentimento de impunidade e o clamor público decorrente da repercussão social". Os 17 torcedores de Atlético-PR e Vasco liberados são: Diony Eduardo Carneiro Milleo, Guilherme dos Santos Bundim, Jorge Luis de Oliveira Junior, Márcio José Pondelek, Phillipe Martelletti Sampaio, Rafael Enrique Marçal, Rodrigo Augusto da Silva, Thiago Cardozo Salvadori, Thiago Paese Weber, Willian Batista da Silva, Agnaldo da Silva Reis, Daniel Gomes, Juliano Borguetti, Luiz Felipe Menegatti Pereira, Salatiel Dias Lima, Leonardo Rodrigo Borges e Gabriel Almeida Ziemer.
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Entretanto, medidas cautelares foram determinadas para a liberação desses torcedores. Os réus estão proibidos de se ausentarem das cidades onde moram por mais de oito dias sem autorização judicial, e devem manter endereços atualizados junto ao processo. A juíza ainda proíbe que os torcedores compareçam às proximidades de estádios e qualquer evento esportivo, devendo se apresentar à Delegacias de Polícia duas horas antes de partidas que envolvam seus times.
Na mesma ação penal, a juíza decidiu pela manutenção da prisão de Thyago Almeida Rosa da Silva de Oliveira, Stevam Vieira da Silva, Ricardo Henk e Robson Moreira da Cruz, também envolvidos na barbárie da Arena Joinville.