O vexame do Mineirão deve ser visto como um sinal de alerta para o futebol brasileiro. O fato de priorizar a força física desde as categorias de base deixou nossos jogadores limitados e esquecemos o que o Brasil tem de melhor: o meia, o homem de criação.
Diante da Alemanha, tivemos uma aula de uma escola que desde 2010 se prepara para buscar um título mundial. O triunfo alemão comprovou que nesta Copa do Mundo o bom futebol está prevalecendo. A equipe que estava mais bem organizada, tinha mais clareza de jogo, qualidade no passe e boa movimentação levou a melhor, sobre uma Seleção Brasileira que pareceu completamente perdida em boa parte do jogo.
Enfrentaríamos um adversário que todos sabiam que era forte. Cabia ao Brasil deixar a marcação mais firme, encurtar ao máximo os espaços e não nos deixarmos envolver. Mas fomos contar basicamente com a parte física, o que era praticamente impossível, e os alemães fizeram um treino contra nós.
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Além disto, depois do segundo gol, vimos uma pane da Seleção Brasileira. À medida que os gols vão saindo, como foi ontem, os jogadores ficam atônitos, sem saber o que fazer e até jogando fora de posição. Talvez, naquele momento, tenha faltado a liderança do Thiago Silva na zaga, para tentar acalmar os ânimos.
No segundo tempo, conseguimos ter oportunidades que não se pode perder em um jogo, pois ao menos aumentaria a moral da equipe. Agora, por mais que o emocional esteja muito abalado, resta a Luiz Felipe Scolari tentar passar motivação à equipe. Já passei por uma situação parecida, que foi a derrota para a Nigéria e a perda da decisão, na Olimpíada de Atlanta, em 1996.
Sei que os jogadores hoje estão estarrecidos, mas eles precisam ter a ciência de deixar uma imagem menos pior para a Seleção Brasileira que disputou o Mundial em casa.
Caso enfrentemos a Argentina, que não vem jogando bem, podemos jogar de igual para igual e conseguir um bom resultado. Mas, se enfrentarmos a Holanda, que é do mesmo nível da Alemanha, teremos de mostrar que aprendemos a lição e podemos vencer seleções hoje tecnicamente superiores.