Eterna fonte de dores de cabeça para a Federação Paranaense de Futebol (FPF) e para os clubes que por lá passaram, o Pinheirão volta a causar celeuma. O Clube Atlético Paranaense, que mandou seus jogos no estádio de 85 a 93, exige que a Federação pague por prejuízos acumulados nos oito anos em que o Atlético foi locatário do Pinheirão. Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira, o presidente da FPF, Onaireves Moura, contestou os valores.
Segundo o advogado do Atlético, Mafuz Antônio Abrão, a Federação deveria repassar 10% de toda a arrecadação do estádio no período, o que daria cerca de US$ 200 mil. Sem receber a quantia, o clube decidiu rescindir seu contrato de locação em 92, e entrou com uma ação na justiça.
Após nove anos de batalha, a única coisa certa é que a Federação realmente terá que indenizar o Atlético, mas os valores ainda são contestados. O clube reivindica R$ 6 milhões, mas a FPF julga o valor fora de contexto.
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O processo ainda está tramitando, mas reúne pontos interessantes. Um deles é se tratar de mais uma rusga entre a FPF e o Atlético, que frequentemente está envolvido em atritos com a entidade. A mais recente foi durante as finais do Paranaense, quando a guerra declarada entre os dirigentes do clube e a Comissão de Arbitragem da FPF resultaram no pedido de demissão do presidente da Comissão, José Carlos Marcondes.
Outro aspecto que merece destaque é a maneira como o Atlético pretende receber seu dinheiro. Como a Federação afirma que não tem dinheiro em caixa para pagar o clube, o Atlético pediu a penhora do Pinheirão para receber sua indenização. A diretoria não revelou o que faria caso conquistasse o direito de utilizar o imóvel.