Na primeira batalha contra Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo foi derrotado. Nesta quarta-feira, o juiz Alexandre Couce de Menezes, titular da 9ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, manteve a liminar que rescindiu o contrato do jogador com o clube carioca e negou o recurso dos advogados rubro-negros. Na mesma decisão, foi decretado segredo de justiça e nenhuma das partes pode mais se manifestar sobre o caso.
No entendimento do juiz, não se poderia reatar o vínculo de Ronaldinho com o Flamengo uma vez que o clube não quer mais o jogador. Se a liminar concedida na semana passada fosse revogada, o atacante - que assinou segunda-feira com o Atlético-MG - ficaria inativo. O juiz não quer impedir o jogador de exercer sua atividade. O objetivo é forçar um acordo entre flamenguistas e Ronaldinho.
Na verdade, a Justiça já marcou para o dia 8 de novembro uma audiência entre o craque e os representantes do clube para tentar uma conciliação. Neste momento, um acordo não está nos planos da diretoria do Flamengo. Até a audiência, os dirigentes rubro-negros, apesar de obrigados a manter sigilo sobre os próximos passos, prosseguirão com a estratégia de desqualificar a conduta de Ronaldinho nos seus 17 meses no clube. Entre os argumentos, a visão de que os atos de indisciplina do atleta arranharam sua imagem e impediram que o clube a explorasse com sucesso.
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Os cartolas da Gávea não querem reaver o jogador. A intenção do corpo jurídico do clube carioca é evitar o pagamento dos mais de R$ 40 milhões cobrados por Ronaldinho, entre atrasos de direitos de imagem, multas e os salários que ainda teria a receber até o fim do contrato, em dezembro de 2014.
Na tarde desta quarta, os advogados rubro-negros tentaram atacar em outra frente, buscando um mandado de segurança que inviabilizasse a CBF de registrar o novo contrato de Ronaldinho com o Atlético-MG, sem sucesso. A entidade já oficializou o novo vínculo do atacante no seu Boletim Informativo Diário e Ronaldinho está livre para enfrentar o Palmeiras, sábado, no Pacaembu.