O técnico Levir Culpi parece mesmo insatisfeito com a forma como os jogadores do Atlético-MG têm se portado em campo. Depois de reclamar da falta de espírito de seus comandados na derrota para o Colo-Colo quarta-feira passada, pela Libertadores, o treinador fez a mesma análise após o resultado negativo diante do América-MG, que venceu por 2 a 1 no domingo, pelo Campeonato Mineiro, mesmo estando com um homem a menos.
"O time apagou. Por incrível que pareça, aconteceu de forma parecida do segundo tempo contra o Colo-Colo. Não estamos no espírito das competições. É problema meu e nosso. Temos que entrar mais no espírito. O América-MG estava dando a vida, por exemplo. Faltou muita coisa pra gente", disse o treinador.
Levir não gostou da passividade do Atlético-MG, mas também reconheceu os méritos do América-MG, que superou a desvantagem numérica após a expulsão de Patrick e conseguiu buscar a virada mesmo com um atleta a menos.
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"Hoje (domingo) estou lamentando o resultado, pois não jogamos dentro do que poderíamos jogar. O jogo foi complicado, um jogo para 0 a 0. O Givanildo (Oliveira) arrumou muito bem o time na parte defensiva, e o ataque conferiu. Não produzimos o que podemos, mesmo com seis ou sete jogadores atuando pela primeira vez hoje, o que nos faz dar um desconto. Não merecíamos sorte melhor", admitiu.
O que também incomodou o treinador foi o comportamento da torcida, que vaiou o lateral Emerson Conceição. "É um sentimento de perda. Não consigo admitir que um profissional com a camisa do seu clube seja vaiado. A não ser que faça alguma coisa muito diferente, ruim. É um profissional, tem família, querendo fazer o melhor. Ele precisa fazer o melhor para sair desse buraco que entrou. Com apoio de todos, da arquibancada, da comissão, aí o problema passa para ele. Mas dessa forma (com vaias), fica difícil."