Longe de ser uma unanimidade no comando da seleção brasileira, Mano Menezes tem como aliado principal até aqui os números de sua trajetória de 22 jogos no cargo. Com a triunfo por 3 a 1 sobre a Dinamarca, no último sábado, em Hamburgo, na Alemanha, o treinador agora acumula 14 vitórias, cinco empates e três derrotas (aproveitamento de 71%), sendo que o Brasil marcou 33 gols e sofreu 12 na totalidade destes confrontos.
Na próxima quarta-feira, o treinador tentará obter a oitava vitória consecutiva sob o comando da seleção em amistoso diante dos Estados Unidos, em Washington, às 21 horas (horário de Brasília), e assim se fortalecer um pouco mais no seu posto. A pressão sobre ele aumentou depois que José Maria Marin assumiu a presidência da CBF - após a renúncia de Ricardo Teixeira - com um discurso de forte cobrança por resultados e títulos.
Em meio a este cenário de cobrança explícita, Mano deixou claro que não se ilude com o seu bom aproveitamento, até pelo fato de que foi derrotado por Argentina, França e Alemanha em três dos principais amistosos que o Brasil disputou sob o comando do ex-técnico do Corinthians. Além disso, o treinador admite que a seleção decepcionou ao ser eliminada pelo Paraguai, nos pênaltis, nas quartas de final da última Copa América.
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"São números muito bons mesmo, mas que não podem influenciar no rumo do trabalho que está sendo feito. Temos de manter a tranquilidade, assim como aconteceu depois da Copa América da Argentina, quando o desempenho do time deixou a desejar. Temos de continuar buscando o melhor para o objetivo final, que é a Copa do Mundo de 2014, passando logicamente pela Olimpíada e pela Copa das Confederações de 2013", afirmou o treinador, em declarações publicadas nesta segunda-feira pelo site oficial da CBF.
E, embora tenha sido criticado por muitas convocações que fez, principalmente por seguidas vezes ter chamado Ronaldinho Gaúcho enquanto o craque atravessava fase ruim no Flamengo, Mano garantiu estar convicto de suas apostas e enfatizou que o mais importante neste momento é formar uma equipe forte e em condições de encarar qualquer seleção do planeta de igual para igual.
"Nunca tive dúvida da qualidade técnica dos jogadores que tenho convocado e dos times que têm sido escalados. Quando se consegue organizar essa qualidade em um time bem armado taticamente e também competitivo, o que é nosso objetivo, os resultados positivos certamente vêm com naturalidade", completou.
Depois de bater a Dinamarca por 3 a 1 no último sábado, em Hamburgo, os comandados de Mano Menezes chegaram em Washington no último domingo e nesta segunda à tarde farão o seu primeiro treino em solo norte-americano visando a série de três amistosos que disputarão nos Estados Unidos. Após encarar a seleção da casa, o Brasil terá pela frente o México, no domingo, em Dallas, e depois pega a Argentina no dia 9 de junho, em Nova Jersey.
Para estes duelos, Mano ganhará o reforço de Neymar e Rafael, que não puderam enfrentar a Dinamarca por terem defendido o Santos na última quinta-feira, pela Copa Libertadores. Outro que deve voltar a ficar à disposição é Alexandre Pato, que também não enfrentou os dinamarqueses.